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“Chegou a hora de darmos transparência à sociedade. Qual é a real situação de cada localidade? Onde estamos mal e onde estamos bem?”. Foi com essas palavras que no dia 14 de abril, em um comunicado por vídeo, o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, cobrou informações de prefeitos e governadores sobre a crise que assola o país. “Onde há problemas, o que estamos fazendo? Onde atende os critérios do Ministério da Saúde, quando reabriremos o comércio?”, continuou. Assista o novo posicionamento da Abrasel:


Assista no vídeo abaixo, divulgado no dia 15 de março, com o depoimento do presidente executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, com o posicionamento e orientações da Associação sobre a propagação do coronavírus e o seu impacto no setor de alimentação fora do lar.




A Abrasel divulgou no dia 15 de março, o vídeo acima com o posicionamento da Associação sobre o impacto econômico da propagação do coronavírus no setor de alimentação fora do lar e orientações para que bares e restaurantes trabalhem para minimizar perdas, além de propostas para o governo (federal e estaduais) fornecedores e entidades e outras empresas da cadeia produtiva.

Para o presidente-executivo da entidade, Paulo Solmucci, o desafio é garantir que clientes de bares e restaurantes possam conviver em um ambiente de segurança, buscando conhecer as melhores práticas adotadas em todo o mundo de medidas que julgamos necessárias e suficientes neste momento para o enfretamento do vírus. A mais importante, sob o ponto de vista do salão, é a redução do número de mesas. A Abrasel está sugerindo que se reduza um terço dessas mesas para assegurar que a distância entre cadeiras ocupadas seja no mínimo um metro. Ou que a distância entre as mesas sem as cadeiras seja de dois metros.

A Abrasel está em diálogo com os governos (federal e estaduais) e com grandes empresas para que haja um escalonamento no horário de almoço em todo o país. Funcionaria assim: ao invés das empresas liberaram todos os seus funcionários no mesmo horário - por exemplo às 12h para o almoço – haveria três turnos de almoço: o primeiro às 11h30, outro às 12h15, e o terceiro a partir das 13h. Com isso o setor, mesmo reduzindo a sua oferta, garantirá a capacidade de todos que buscam se alimentar.

Redução do impacto econômico

A Abrasel também está bastante empenhada junto as autoridades do governo federal, dos estados, Sebrae e empresas da iniciativa privada, em obter decisões que possam reduzir os danos ao setor de alimentação fora do lar. Manter o quadro de funcionários e pagar os custos poderá ser mais difícil do que é hoje. Por isso a Abrasel sugere ao Governo algumas medidas. Dentre elas a suspensão temporária de pagamento de impostos e o parcelamento em momento futuro que o governo possa arcar com parte do salário e esse valor ser descontado mais à frente dos nossos impostos, de maneira que não haja desemprego. Além disso, buscaremos a criação e o acesso a linhas especiais de crédito. Temos certeza que o governo federal e os estaduais estão bastante sensíveis para a situação diferenciada do nosso setor que é formada por um conjunto enorme de pequenas e médias empresas que não tem a capacidade da grande empresa de financiar e buscar recursos para superar este momento.

O que fazer neste contexto

A Abrasel também apresentou medidas para a rotina de bares e restaurantes. A entidade fez uma grande coleta de informações e buscou entender o que poderia sugerir para melhorar, dentro das boas práticas de gestão, o dia a dia durante a propagação do vírus. O mais importante nesse momento é buscar conversar com os fornecedores, esticando o prazo de pagamento, reduzindo o prazo de recebimento de vouchers, tíquetes, cartões de crédito e entendendo que esse esforço ajuda o fluxo de caixa.

O segmento de delivery deve aumentar exponencialmente. Uma importante negociação é trabalhar numa redução, mesmo que temporária, das taxas pagas a essas empresas, as negociações com as grandes empresas, seja de bebidas, de energia, de delivery, de meios de pagamento, serão apoiadas e estimuladas pela Abrasel em todo o país. Vamos também pedir apoio ao governo para essas negociações. Mas a negociação individual e a sensibilização dos nossos fornecedores em relação a necessidade de atuarmos juntos e de ter acesso ao capital para suportar esses momentos é fundamental. Temos confiança na liderança do nosso país.

Por fim, a Abrasel reconhece de maneira muito especial o excelente trabalho que está sendo conduzindo pelo ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, e gostaria de antecipar aos profissionais que trabalham na rede de saúde de todo o país a gratidão dos empresários de bares e restaurantes. O trabalho deles será imprescindível para que o Brasil possa ser bem-sucedidos enquanto nação na superação desse grande desafio representado pelo coronavírus. A Abrasel estará atenta, monitorando junto as autoridades, buscando conhecimento e acompanhando o mercado para sugerir novas e importantes medidas. Vamos passar juntos por este delicado momento do nosso setor e do nosso País.


Acompanhe a Abrasel

24 de março - Mensagem do presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, sobre as medidas negociadas com o Governo.



22 de março - Campanha: Quem alimenta o Brasil não pode morrer de fome




20 de março - Mensagem do presidente da Abrasel: Governo deve anunciar medidas para bares e restaurantes.


18 de março - Alerta de colapso


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