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“O home office ajudou a desenvolver ainda mais o hábito de comer fora de casa. As pessoas que não tem mais esse tempo de cozinhar, por conta de uma reunião atrás da outra, por exemplo, saem para comer - mesmo estando em home office - ou pedem comida via serviço de delivery”, diz Daniel Corigliano, business manager da Fispal Food Service.

“O que os consumidores mais exigem em restaurantes fora de regiões centrais é qualidade da refeição, para 45,91%, além de atendimento, para 18,96%, e custo-benefício, para 12%”, ressalta Isadora El Ghossain, consultora da EJFGV e coordenadora da pesquisa. Foto: Freepik

Os restaurantes dos centros das metrópoles e de grandes regiões industriais ou comerciais por todo o Brasil voltaram a receber um fluxo considerável de pessoas com o arrefecimento da pandemia e o retorno do funcionamento em horário integral de escritórios, lojas e fábricas para atender as pessoas que voltaram aos seus usuais postos de trabalho.

Porém, nem tudo voltou a ser como era antes. Segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Previdência, parte dos maiores empregadores do Brasil mantiveram algumas equipes trabalhando em home office, como bancos, Correios, empresas de alimentação, de saúde e telemarketing.

Essa manutenção de pessoas trabalhando em suas casas fez com que alguns hábitos de consumo ganhassem maior peso no dia a dia das pessoas, diz Daniel Corigliano, business manager da Fispal Food Service.

“O home office ajudou a desenvolver ainda mais o hábito de comer fora de casa. As pessoas que não tem mais esse tempo de cozinhar, por conta de uma reunião atrás da outra, por exemplo, saem para comer - mesmo estando em home office - ou pedem comida via serviço de delivery”, diz o especialista em negócios.

A pesquisa O Futuro do Food Service 2022, organizada pela Fispal Food Service e pela Escola Júnior da Fundação Getulio Vargas (EJFGV), aponta que a refeição durante o expediente é o terceiro maior momento de consumo fora de casa entre os consumidores brasileiros, perdendo apenas para almoço (de maneira genérica) e jantar (idem).

Corigliano diz que essa importância do consumo fora de casa durante o expediente tem ganhado uma nova característica com a manutenção do home office e a reabertura total dos restaurantes que pode ser positiva para estabelecimentos que estão fora dos grandes centros.

A manutenção do home office “muda um pouco a geografia do food service, com restaurantes que estão em bairros residenciais ganhando importância. Eles começam a ter um volume maior, seja por conta de quem vai até o estabelecimento ou de quem pede comida via delivery”, diz Coregiliano.

Preferência dos restaurantes de bairro para o almoço

Nesse ambiente, os restaurantes que operam no sistema de self-service e estão localizados em bairros majoritariamente residenciais podem ser os maiores beneficiados, com os moradores tendo esse tipo de estabelecimento como as grandes opções para resolver o problema da alimentação em um dia a dia de trabalho corrido, em que as pessoas não têm condições de preparar seus alimentos, mesmo trabalhando em casa.

A pesquisa da Fispal e da EJFGV apontou que mais de 55% dos consumidores entrevistados têm como maior preferência os restaurantes self-service para realizar suas refeições durante o expediente, 10 pontos percentuais acima dos estabelecimentos de modelo full-service.

Uma das razões pela preferência ao self-service é o preço. O valor que os consumidores que recorrem a esse tipo de refeição durante o dia a dia de trabalho estão dispostos a pagar está entre R$ 11 e R$ 40, abaixo do que se vê em outras ocasiões de consumo, como jantares e refeições comemorativas, por exemplo.

Tendências do mercado de food service para 2023

Para 2023, um dos desafios do mercado de food service será melhorar a qualidade dos seus produtos para atender o público mais frequente entre aqueles que gozam dos prazeres do home office, que são as pessoas que pertencem às classes A e B, que demandam itens de maior valor agregado.

Neste caso, principalmente os estabelecimentos full-service de regiões fora dos grandes centros devem ser beneficiados por essa mudança de comportamento de consumo.

“O que os consumidores mais exigem desse tipo de restaurante é qualidade da refeição, para 45,91%, além de atendimento, para 18,96%, e custo-benefício, para 12%”, ressalta Isadora El Ghossain, consultora da EJFGV e coordenadora da pesquisa.

Fonte: FoodConnection

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