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Popularizadas durante à pandemia de COVID-19, as Dark Kitchens causam desafios persistentes em áreas de zona mista no país

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Apesar de ser um modelo financeiramente interessante para muitos, o cuidado com a vizinhança e com a preparação dos alimentos deve sempre ser levado em consideração. Foto: Freepik

As Dark Kitchens ou Ghost Kitchens foram uma solução apresentada como um modelo de negócio durante a pandemia de COVID-19, para que diversos restaurantes pudessem manter suas atividades online por meio do delivery.

Alguns anos após a pandemia, alguns estabelecimentos continuam a operação por meio desse modelo. Como muitas vezes as dark kitchens se instalam em áreas de zona mista (residencial e comercial), os desafios foram e ainda permanecem muitos.

Desde problemas sanitários, barulhos gerados por exaustores industriais, fuligem e gorduras que que tem um impacto ambiental e urbano negativo. Além de uma competição desigual com os demais restaurantes, tendo em vista os baixos custos que as diferentes produções possuem.

No final de março de 2022, no fim da pandemia, uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo revelou algumas dores de cabeça de moradores da capital paulista que são vizinhos de dark kitchens. A reportagem cita um hub (galpão) de mil metros quadrados com um espaço para 34 cozinhas funcionando dia e noite.

Apesar de ser um modelo financeiramente interessante para muitos, o cuidado com a vizinhança e com a preparação dos alimentos deve sempre ser levado em consideração ao gerir ou para quem pensa em abrir esse modelo, uma vez que ainda não tem leis efetivas que as regulam e monitorem.

Adriana Lara, gerente de conteúdo da Abrasel e especialista em segurança dos alimentos, cita que algumas boas práticas devem ser mantidas, mesmo pela falta de regulamentação no país.

“Boas práticas da vigilância sanitária e de convívio devem ser mantidas, para servir um alimento com qualidade que garanta uma segurança ao consumidor final, em todos os processos do preparo.” E ainda complementa a importância de pensar em alternativas seguras para evitar a contaminação e poluição das vizinhanças que esses galpões estão localizados.

Veja algumas dicas:

• Manejo correto de resíduos: calcular a quantidade de lixo produzido, como armazenar (inclusive o local) e a frequência da coleta. A partir da frequência de coleta, planejar a refrigeração do lixo que precisa ficar guardado. Sem um local adequado, pode gerar infestações de pragas.

Instalação de equipamentos adequados: muitas empresas investem em coifas rudimentares, por questões de custos. Já existem sistemas de exaustão e insuflamento que não causam problemas com gordura.

Ter um local adequado para os entregadores: as instalações devem conter locais para que os entregadores possam usar o sanitário e bebedouro, contribuindo para um ambiente laboral saudável.

É necessária uma visão ampla para reduzir o impacto na região em que a cozinha está instalada. O empreendedor que deseja abrir uma dark kitchen em uma região de área mista deve estar atento à limitação de ruídos de acordo com o horário, emissão de odores e gases.

Além disso, o descarte correto dos resíduos também deve ser lembrado, visando assim uma boa convivência na vizinhança e também para que siga as normas sanitárias e as boas condições de trabalho e a entrega de um alimento final de qualidade.

Ao adotar essas dicas para o gerenciamento desse modelo de negócio, você pode não só alcançar o sucesso de seu negócio, mas também contribuir para uma experiência e convivência para todos.

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