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Além de coletar as informações, é importante saber como acessá-las, organizá-las e analisá-las para tomar decisões mais assertivas

Um estudo da KPMG mostra que um dos maiores desafios relatados pelas organizações é extrair e acompanhar os processos a partir dos dados coletados. Foto: Canva

Tomar decisões baseadas em dados pode fazer com que as empresas tracem estratégias mais assertivas e alcancem resultados mais consistentes. Gerir essas informações, contudo, pode ser desafiador. Isso porque, além de coletar os dados, é importante saber como acessá-los, organizá-los e analisá-los da maneira correta.

Nesse processo, é fundamental implantar ferramentas adequadas. Relatório e dashboards, por exemplo, ajudam na visualização e interpretação dos dados. Além disso, é válido investir em sistemas robustos de gestão de informações e em treinamento de equipe para a análise e interpretação.

Vale lembrar que, conforme os portais especializados, um dashboard é uma ferramenta de gestão visual que mostra indicadores, métricas e informações relevantes para o funcionamento de uma companhia. O intuito do uso da ferramenta é apresentar os dados de maneira visual para facilitar a compreensão.

O acesso aos dados gerados dentro do próprio negócio e às ferramentas que apresentam tais informações, todavia, bem como a sua compreensão, tem sido um ponto de dificuldade para a maioria dos gestores. Esse é um dos tópicos destacados por uma pesquisa realizada pela KPMG sobre a maturidade das organizações em relação a dados, growth e softwares de extração de dados.

O estudo mostra que um dos maiores desafios relatados pelas organizações é extrair e acompanhar os processos a partir dos dados coletados. Ainda que quase 100% dos executivos brasileiros considerem a utilização dessas informações uma ferramenta para o setor de marketing de crescimento, por exemplo, 64% não têm acesso fácil às principais métricas da própria companhia.

Uma das causas possíveis apontadas pela growth manager na KPMG, Jana Ramos, em entrevista à imprensa, é a falta de softwares e ferramentas que facilitem esse processo, ou, ainda, de um entendimento aprimorado acerca de como acessar e operar dados em algumas plataformas.

A especialista indica que contar com uma área ou um profissional que monitore dados, esclareça ou dê treinamento é uma das formas de melhorar a maturidade das organizações no uso de dados e até mesmo na utilização das ferramentas e plataformas.

Desafios na gestão de dados para potencializar negócios

Um levantamento global intitulado “CEO decision making in the age of AI, act with intention”, feito pelo IBM Institute for Business Value, também mostrou os desafios enfrentados pelos CEOs brasileiros em relação à gestão de dados de suas empresas.

A pesquisa revelou que essas dificuldades incluem cálculos pouco claros, para 44%, e problemas em identificar insights a partir desses dados, 41%. Os dois indicativos estão acima da média global, segundo o estudo.

Dos entrevistados no país, 71% afirmaram ainda que eliminar a distância entre essas informações e os responsáveis pela tomada de decisões é um passo mais importante do que modificar em quais pontos da cadeia de trabalho as decisões ocorrem.

Além disso, segundo o estudo, dos CEOs que atuam no Brasil, 76% dizem confiar nos dados internos operacionais como a principal fonte de informação para a tomada de decisões estratégicas, ainda que existam dificuldades em lidar com os dados produzidos nas organizações.

Os dados aparecem no topo da lista de importância para as ações que podem melhorar a maneira como se mede o desempenho de uma empresa.

Nesse sentido, a padronização de relatórios e dos processos de coleta de informações foi indicada como importante por 44% dos executivos nacionais, seguida da geração de uma cultura baseada em dados, por 40%, e da promoção de melhorias nas plataformas de dados, por 39%. Esses percentuais estão acima das médias globais registradas pelo estudo.

Tomadas de decisão têm sido propulsionadas pela IA

Os gestores brasileiros entrevistados no levantamento do IBM apontam dois pilares essenciais para conquistar resultados positivos nos próximos três anos. Eles incluem a computação em nuvem, indicada por 60%, e a expansão da inteligência artificial (IA) nas companhias, incluindo a IA generativa, por 56%.

Além disso, mais da metade (65%) desses líderes diz ter um plano sobre o papel que a IA avançada deve desempenhar no processo de tomada de decisão das companhias pelo menos nos próximos cinco anos. Em parecer ao portal do IBM, o líder da IBM Consulting no Brasil, Marco Kalil, comenta que os gestores corporativos de todo o mundo têm aproveitado o boom da IA generativa, inclusive a América Latina.

Ele esclarece que é por esse motivo que uma das prioridades dos CEOs continua sendo a modernização da tecnologia. Contudo, mesmo que metade deles acredite que a inteligência artificial é um facilitador para entregar resultados, Kalil afirma que as empresas ainda enfrentam desafios importantes quando o assunto é a implementação dessa IA.

Para lidar com isso, segundo ele, os CEOs estão confiando mais em seus líderes na área de tecnologia como capazes de tomar decisões estratégicas.

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