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Pesquisa realizada pela Abrasel em março revelou que cerca de 30% operaram no vermelho, sendo o maior registrado desde maio de 2022

Das empresas que têm pagamentos atrasados, cerca 81% devem impostos federais, 53% devem impostos estaduais, 30% encargos trabalhistas e previdenciários, 32% taxas municipais, 15% devem fornecedores de insumos, 32% serviços públicos e 19% estão com o aluguel em atraso. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Em nova pesquisa realizada pela Abrasel nós nos deparamos com uma situação um colapso em parcela importante do setor de alimentação fora do lar. A pesquisa do mês de fevereiro aponta que tivemos a deterioração de muitas empresas que ainda estão patinando para se recuperar dos tombos causados pela pandemia.

Ao todo, 1.477 empresas de todo o país participaram da pesquisa que revelou que cerca de 30% operaram no vermelho, sendo o maior registrado desde maio de 2022. Outros 36% trabalharam com estabilidade e apenas 33% tiveram lucro, uma queda de 10 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

O nosso estado seguiu a mesma tendência da pesquisa nacional, com cerca de 29% atuando no vermelho, crescimento de 7 pontos percentuais em relação a janeiro, outros 38% tiveram estabilidade e 31% tiveram lucro.

No Ceará, mesmo com o cenário de baixo retorno, o empreendedor contratou mais acreditando na recuperação do setor. Porém, segundo dados da pesquisa de fevereiro, a pressão crescente das dívidas tem atrapalhado mais da metade dos estabelecimentos cearenses, com cerca de 51% de bares e restaurantes.

Das empresas que têm pagamentos atrasados, cerca 81% devem impostos federais, 53% devem impostos estaduais, 30% encargos trabalhistas e previdenciários, 32% taxas municipais, 15% devem fornecedores de insumos, 32% serviços públicos e 19% estão com o aluguel em atraso.

Mais do que nunca, estamos em um momento que requer atenção maior do setor público. Um diálogo que possa ajudar os micro e pequenos empreendedores, que corresponde a 90% do nosso setor, a encontrarem uma saída para que os estabelecimentos voltem a prosperar.

Um dado que reforça a importância de caminharmos juntos para encontrar uma solução é que em recente pesquisa da Ipece mostrou que os bares e restaurantes foram os que tiveram o segundo melhor desempenho no PIB cearense no ano de 2022, com resultado de 1,92% contra 4,2% do nacional.

Tendo isso em vista, podemos dizer que em situações favoráveis o nosso setor possibilita uma maior geração de emprego, contribui com a cadeia turística e, consequentemente, com a economia cearense.

*Taiene Righetto é presidente da Abrasel no Ceará.

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