A discussão do projeto de lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a pessoas que estejam portando armas foi adiada novamente. Durante sessão realizada no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), na última semana, o vereador Marcel Alexandre (PHS) pediu vistas para entender de que forma a lei será executada, caso aprovada.
O projeto, de autoria dos vereadores Joana DArc (PR), Chico Preto (PMN) e Júnior Resgate (PDT), foi protocolado após o assassinato do advogado Wilson Justo, na madrugada do dia 25 de novembro de 2017, após ser alvejado com quatro tiros disparados pelo delegado Gustavo Sotero durante uma briga dentro da casa de show Porão do Alemão, na Zona Oeste de Manaus. Na ocasião, outras três pessoas ficaram feridas, incluindo a esposa do advogado. O delegado Gustavo Sotero foi preso em flagrante.
De acordo com Marcel, embora a propositura tenha uma boa intenção, o debate acerca do tema é de alta complexidade. Parabenizo a intenção da lei, mas estaremos votando em algo muito complexo. A execução dessa lei é complicada, disse. Coautor do projeto, o vereador Chico Preto defendeu que a Casa discuta a execução da lei com a Abrasel no Amazonas e entidades ligadas ao setor da segurança pública. Para o parlamentar, não haverá prejuízo, se o projeto for votado apenas em dezembro. "Entendo que, assim como bebida e direção não combinam, arma de fogo e bebida alcoólica também representam o mesmo perigo. Precisamos discutir o projeto com o segmento da sociedade civil que tem relação direta com o assunto e que irá cumprir o comando, como a Abrasel e sindicatos ligados à segurança pública", explicou.
Fonte: Em Tempo