A desigualdade, a falta de acesso à educação de qualidade e o desemprego são alguns dos principais desafios a serem encarados pela sociedade brasileira. E em Curitiba, um projeto de gastronomia social tem ajudado a mudar a realidade de centenas de pessoas. É o Gastromotiva, que capacita jovens de baixa renda em cursos profissionalizantes na área gastronômica e os insere no mercado de trabalho.
Criado em 2006 pelo curitibano David Hertz, a Gastromotiva marca presença desde o segundo semestre de 2016 na Capital paranaense, contando com a parceria da Universidade Positivo (UP) e de diversos restaurantes da cidade. Outras cidades com a atuação da organização são Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Cidade do México. Ao todo, mais de 5 mil pessoas já foram capacitadas.
Em Curitiba, a cada ano são abertas duas turmas, uma em cada semestre, com 50 vagas. Os cursos têm duração de cinco meses e, além de aprender uma nova profissão, os participantes recebem aulas de cidadania e colocam em prática alguns princípios da organização, como educação alimentar e combate ao desperdício de comida.
Não à toa, um dos objetivos do curso é formar os jovens para que se tornem multiplicadores sociais, retornando às suas comunidades para empreender no setor de alimentação, gerando mais empregos nesses locais. Em outros casos, recebem ofertas de emprego de restaurantes parceiros do projeto para iniciarem suas carreiras.
Para participar das aulas, contudo, é preciso passar por um processo seletivo e atender a alguns requisitos, como ter entre 17 e 35 anos de idade; renda familiar de até 3 salários mínimos; e Ensino Médio em curso ou completo. No curso, os alunos tratarão de assuntos como ecogastronomia (para compreender a cadeia de valor do alimento) e empreendedorismo (área que os participantes criem seu próprio plano de carreira).
As inscrições podem ser feitas pelo site da Gastromotiva. São três opções de curso, um voltado para profissionais que querem atuar como auxiliar de cozinha, outro para quem deseja empreender ou já empreende no meio gastronômico e um terceiro, ofertado exclusivamente no Rio de Janeiro, para cozinheiro profissional. As inscrições ficam abertas durante todo o ano, mas a abertura de novas turmas depende da demanda e do calendário específico de cada cidade onde a organização social atua.
Fonte: Bem Paraná