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Paulo Solmucci: lutamos por um país mais fácil de empreender

  • PUBLICADO EM: 05/09/2022
  • Tempo estimado de leitura: minuto(s).

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, fala com a revista Empreendedor em nome de 1,2 milhão de empreendedores com negócios de portas abertas para as ruas

"É um setor que reflete todas as aspirações da sociedade, desde a qualidade da rua em que moramos até as grandes questões nacionais, como as educacionais, ambientais, tributárias ou trabalhistas", diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel. Foto: José Filho

Durante a pandemia, os bares e os restaurantes foram os estabelecimentos mais afetados em todo o país. Nesses momentos, a Abrasel levantou a bandeira da orientação e do apoio a esses empreendedores para o enfrentamento da mais grave crise humanitária e econômica dos últimos 100 anos.

A entidade esteve na linha frente para obter do governo federal a Medida Provisória 936 que serviu de socorro para o pagamento de salários dos funcionários nesse período.

Mas o trabalho da entidade já vem de muitos anos com o objetivo de aumentar o empreendedorismo e a produtividade nos negócios da alimentação fora do lar. Nesta entrevista para a revista Empreendedor, Paulo Solmucci ressalta a necessidade de fortalecer o empreendedorismo brasileiro.

Para ele, este é o melhor caminho para gerar novos empregos, mais renda, coesão social e para construir um país mais simples de empreender e melhor de se viver.

Qual tem sido a trajetória da Abrasel desde que foi fundada?
A criação da nossa entidade ocorreu em 1986, no ano do Plano Cruzado, durante o governo do presidente José Sarney. Nasceu centralizada nas grandes capitais e com o foco nas empresas voltadas ao lazer, ao entretenimento e à alta gastronomia, e direcionadas, sobretudo, às faixas de maior renda e aos turistas estrangeiros.

No início do ano 2000, decidiu-se que a Abrasel deveria ir muito além de abrigar apenas as casas de show, boates e os restaurantes da altíssima cozinha. Concluiu-se que deveríamos nos abrir, indistintamente, a todos os estabelecimentos que funcionam de portas abertas às ruas.

O que resultou desse foco mais abrangente?
A entidade tornou-se uma organização com atuação que vai além dos interesses de um diminuto clube de associados, como ocorria na sua origem. Passou a representar, completamente, todo o amplo espectro de um setor que hoje atende pela sigla AFL, isto é, alimentação fora do lar. Ou seja, o AFL contempla cafeterias, lanchonetes, bares, bistrôs e restaurantes dos mais variados desenhos, inclusive o do velho e bom botequim.

Assim, interagimos, por inteiro, com estabelecimentos situados na pirâmide socioeconômica brasileira, do topo à base, e de baixo para cima na pirâmide. Em vez de ser exclusiva, a Abrasel passou a ser essencialmente inclusiva. Temos aí um milhão e duzentos mil estabelecimentos que empregam seis milhões de pessoas.

É um setor que reflete todas as aspirações da sociedade, desde a qualidade da rua em que moramos até as grandes questões nacionais, como as educacionais, ambientais, tributárias ou trabalhistas. Então, nos tornamos a voz das ruas do Brasil, captando, dia e noite, noite e dia, os sentimentos da sociedade, nos cinco mil quinhentos e setenta municípios.

Já tivemos grandes vitórias em várias causas de interesse geral, em favor da sociedade, e não apenas do nosso setor.

Que causas são essas?
Cito, como um exemplo de quase dez anos atrás, uma conquista que representou grande avanço para a sociedade brasileira. Até 2013, empresas de cartão de crédito não tinham qualquer regulação por parte das autoridades econômicas brasileiras. Como decorrência de uma movimentação conduzida pela Abrasel, junto ao governo federal, foi editada, em 2013, uma Medida Provisória.

Por meio dela, o Banco Central passou a supervisionar os participantes do setor de pagamentos eletrônicos, leia-se, as empresas de cartão de crédito. Trata-se de medida que beneficiou, sem distinção, todos os brasileiros que usam cartões de crédito. Igualmente estivemos na linha de frente da reforma trabalhista. Fomos protagonistas de primeira hora na implantação do trabalho intermitente.

Mais recentemente, participamos ativamente da revisão do Programa de Alimentação do Trabalhador, o PAT, que resultou em um nova e melhor regulamentação do vale-refeição. E, da mesma maneira, fomos protagonistas de um vasto elenco de ações, como a referente à Medida Provisória 936, com vistas a socorrer os estabelecimentos de quaisquer setores, para o pagamento de seus funcionários, durante a pandemia.

No mesmo rol de conquistas, tivemos, também, uma forte atuação até que se criasse o Pronampe.

Como se escolhem e se desenham essas ações dentro Abrasel?
Temos uma excelente governança, um Conselho Nacional de Administração, e conselhos em cada uma de nossas 60 seccionais e regionais espalhadas pelo país. O guia da sincronização geral é a convicção de que somos uma plataforma de avanços da democracia brasileira.

O que nos energiza e nos impulsiona é o propósito de que tenhamos, sem mais postergações, um país mais fácil de se empreender e melhor de se viver; este é o nosso mantra. Os estabelecimentos da alimentação fora do lar estão em todas as cidades brasileiras, e também nas vilas e nos distritos.

Há o seguinte slogan em nossas peças de comunicação: onde há Brasil, Abrasel.

Qual fio condutor, o norte referencial do conjunto das ações da Abrasel?
O objetivo maior, a meta número da Abrasel, é o aumento ainda mais acentuado da produtividade dos negócios da alimentação fora do lar. Isso já está se dando com um gradativo e inevitável incremento das tecnologias digitais na retaguarda administrativa, financeira e das cozinhas dos estabelecimentos.

É a cultura da multiplicidade, sem polarizações?
Sim, esta é a natureza econômica e social da Abrasel, que se expressa com muita nitidez na nossa relação com o público, com a clientela, e no relacionamento com os fornecedores, com as organizações não governamentais, com o mundo oficial, e daí em diante. Somos a cara do Brasil.

Nossa organização espelha a pluralidade, a sociodiversidade, a mescla e o hibridismo do Brasil, que é, admiravelmente, o país mais mestiçado do mundo, tanto do ponto de vista étnico, como do ponto de vista cultural. A riqueza do Brasil é muito variada, muito rica, temos um vasto leque de paisagens e recursos naturais.

Somos coerentes com a profusão das cores, dos sons e das riquezas do nosso país continental. Precisamos é ter, a partir das ruas, uma sociedade ainda mais horizontalizada, espanando da nossa história o legado vertical, mandonista, burocrático, que ocorre de cima para baixo, à nossa revelia.

E temos, ainda, de espanar o preconceito racial, uma nódoa da escravidão que agora começa, gradualmente, a ser removido. A Abrasel é portadora, também, desse elevado propósito.

E há avanços?
Sim, o principal vetor dessa transformação é o empreendedorismo, gerador de empregos, renda, qualidade de vida, coesão social.

Uma das prioridades é o empreendedorismo nas favelas, o que pressupõe que nelas haja a mais completa infraestrutura urbana, de limpeza, iluminação, transportes públicos, escolas, creches e postos de saúde, conexão à internet. As favelas definitivamente precisam ser integradas à paisagem urbanística da cidade cidadã, dotada de plena infraestrutura.

A Abrasel vem trabalhando nessa vertente, tendo nos seus quadros dirigentes um líder de relacionamento com as lideranças comunitárias das favelas do Brasil. É ele o cearense Michael Gomes, um jovem de 25 anos, mas já muito conhecido e admirado em seu Estado, por estar realizando um belo trabalho comunitário, como coordenador do coletivo da favela do Dendê, em Fortaleza.

É assim que, passo a passo, voltando ao nosso mantra, a gente vai construindo, sem mais postergações, um país mais simples de empreender e melhor de se viver.

Fonte: Revista Empreendedor

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