
A Abrasel manifesta profunda preocupação com o quadro de casos de intoxicação por metanol em São Paulo. Segundo o governador Tarcísio de Freitas são cinco mortes (das quais apenas uma teve comprovada a intoxicação por metanol) e 22 ocorrências suspeitas em investigação. A entidade se solidariza com as famílias de todas as vítimas e espera que os demais afetados encontrem pronta recuperação.
Entre os casos, há por enquanto um único relato (não fatal) de consumo de bebida contaminada em um estabelecimento de alimentação fora do lar. O consumo teria sido feito em um bar localizado na região dos Jardins, em São Paulo, que já foi alvo de fiscalização pelas autoridades.
Até o momento, não há registro de outros casos associados a bares ou restaurantes, e a Abrasel espera que o problema no setor fique circunscrito a este único caso isolado.
A falsificação e adulteração de bebidas são crimes graves contra o consumidor, que colocam em risco a saúde da população e geram prejuízos diretos aos estabelecimentos sérios e comprometidos com a legalidade. Estes estabelecimentos também são vítimas dos criminosos.
Além disso, o setor de alimentação fora do lar como um todo sofre com a desconfiança causada por estas ações ilegais. Trata-se de um problema de saúde pública, que exige ação coordenada entre autoridades, setor produtivo e sociedade.
A Abrasel lamenta que, mesmo sendo um problema antigo e conhecido no Brasil, a atuação preventiva das autoridades ainda seja insuficiente. A entidade reforça que ações de fiscalização em fábricas ilegais, como a que foi fechada hoje em São Paulo, são fundamentais para conter esse tipo de crime.
A fiscalização de distribuidoras e empresas também seria altamente eficaz, pois nenhum dono de bar ou restaurante agiria de má fé sabendo da possibilidade de contaminação e dos riscos envolvidos.
Além de alertar os estabelecimentos sobre os sinais de adulteração — como preços muito baixos, lacres tortos, erros de impressão e odor semelhante a solventes — a Abrasel recomenda que garrafas vazias sejam inutilizadas (quebradas) antes do descarte, impedindo que sejam reaproveitadas por falsificadores para enganar consumidores com produtos adulterados.
A entidade lamenta ainda que a primeira ocorrência tenha demorado mais de um mês para vir a público, retardando medidas importantes de prevenção.
A Abrasel se coloca à disposição das autoridades para contribuir com o esforço de conscientização, de fiscalização e com a punição exemplar dos responsáveis, colaborando na construção de soluções eficazes e responsáveis para proteger a população e fortalecer o setor de alimentação fora do lar.
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