Quem desconfiar de uma marca de azeite pode fazer uma denúncia ao Ministério da Agricultura
A fraude de azeites no Brasil está mais especializada, com empresas utilizando óleos de origem desconhecida, o que pode ser um risco para o consumidor, alertam fiscais do Ministério da Agricultura. Além disso, fábricas clandestinas dificultam a punição dos falsificadores. "As empresas perceberam onde foram pegas e aprimoraram a fraude", explica o coordenador de qualidade vegetal do ministério, Hugo Caruso.
Segundo o Ministério da Agricultura, é considerado azeite de oliva "o produto obtido somente do fruto da oliveira, excluído todo e qualquer óleo obtido pelo uso de solvente, ou pela mistura com outros óleos, independentemente de suas proporções". Ou seja, o uso de qualquer outro produto no azeite já se torna uma fraude. Os auditores contam que, antes das fábricas clandestinas, era mais simples descobrir os falsificadores porque as empresas tinham CNPJ e endereços registrados.
Segundo Caruso, do Ministério da Agricultura, ajudar o consumidor a evitar uma fraude é o grande desafio do momento. Mas, ministério e produtores deram algumas dicas para evitar azeite fraudado em seu bar ou restaurante.
Preços: a dica principal, de acordo com eles, é verificar os preços. Azeites com valores menores que a média são um sinal de alerta.
Marcas conhecidas: a associação Oliva recomenda que, para quem não tem tanto conhecimento sobre o produto, procure por marcas já conhecidas e que opte por garrafas com vidro escuro, já que esse tipo de embalagem protege melhor as propriedades do azeite.
Análises de paladar e olfato: essa técnica pode ter pouca efetividade, pois, dependendo do óleo misturado, fica impossível atestar que o que está na garrafa é 100% azeite. É possível detectar pelo paladar um gosto rançoso, que remete a falta de higiene ou armazenagem inadequada.
Quem desconfiar de uma marca de azeite pode fazer uma denúncia ao Ministério da Agricultura por meio do telefone 0800 704 1995.
Fonte: G1