Inflação no setor de alimentação fora do lar é metade da inflação média do Brasil
Nesta sexta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. Em março, a alimentação no domicílio ficou em 3,09% mais alta, enquanto a alimentação fora do lar subiu 0,65%. Isso mostra que o custo da inflação de alimentação em domicílio cresceu quase cinco vezes mais que em bares e restaurantes no período.
Também foram apresentados os dados acumulados no ano de 2022, além dos dados para os últimos 12 meses do ano. Ambos os resultados também registraram uma inflação maior para alimentação em domicílio. Nos três primeiros meses de 2022, os números apontam 6,3% para alimentação em casa e 1,19% referente à alimentação fora do lar. Nos últimos 12 meses, os registros foram de 13,73% contra 6,22%, respectivamente.
"Isso mostra que os bares e restaurantes segurem segurando o repasse de custos para o cardápio. É um setor resiliente, com alta capacidade de adaptação e que teve enorme ganho de produtividade na pandemia. Mas há um limite de quanta pressão conseguimos suportar e já estamos nesse limite há meses. Pesquisa feita pela Abrasel em março, mostra que 38% fechou o mês de fevereiro operando no vermelho. É preciso que o apoio prometido pelo governo chegue o quanto antes, para que a gente consiga manter a retomada das atividades e dos empregos", afirma o presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci.