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O aumento no consumo de proteínas vegetais vem transformando o mercado alimentício no Brasil, com uma expansão significativa nos últimos dez anos, impulsionada pela conscientização sobre bem-estar animal, saúde e sustentabilidade

Opções veganas têm crescido em demanda, a partir de uma mudança de comportamento dos consumidores de aumento da preferência por proteínas de origem vegetal. Foto: Canva

Nos últimos anos, o consumo de proteínas vegetais tem registrado um aumento expressivo no país. Diversos fatores, como a preocupação com o bem-estar animal e a busca por uma alimentação mais saudável e sustentável, estão motivando essa mudança de hábito entre os brasileiros. Esse fenômeno reflete uma transformação não apenas nas escolhas alimentares individuais, mas também na forma como a indústria de alimentos responde a essa nova demanda.

A mudança nos hábitos alimentares também é sustentada por uma crescente conscientização sobre os benefícios para a saúde de uma dieta baseada em vegetais, indicados em diversas pesquisas.

Como resultado, o mercado plant-based no Brasil está em plena ascensão, com consumidores cada vez mais interessados em alternativas saudáveis e éticas. Essa mudança de comportamento leva a uma necessidade de adaptação dos negócios de alimentação fora do lar, que precisam acompanhar o perfil de seus públicos para ter melhores resultados.

Incluir no cardápio opções veganas e vegetarianas, com proteínas à base de plantas, é um alinhamento de mercado que condiz com o momento atual, em que essa demanda tem se estabelecido cada vez mais.

A evolução da proteína vegetal no Brasil

A jornada de popularização das proteínas vegetais no país começou em 2014, quando as buscas por termos como "vegano" e "vegetariano" começaram a ganhar destaque. A conscientização sobre o impacto ambiental e o sofrimento animal também começou a influenciar as escolhas alimentares dos brasileiros. Em 2015, essa mudança ficou ainda mais evidente com a queda no consumo de carne bovina, refletindo um novo padrão de consumo.

Nos anos seguintes, o veganismo ganhou força, especialmente entre 2016 e 2017, em que também houve um aumento significativo no número de pessoas que declaravam reduzir ou eliminar o consumo de carne. Em 2017, 14% dos brasileiros já se identificavam como vegetarianos, um crescimento considerável em relação aos anos anteriores, de acordo com o IBOPE.

Esse movimento foi acompanhado por uma maior oferta de produtos veganos nos supermercados e restaurantes, consolidando a proteína vegetal como uma tendência de mercado.

A expansão do mercado e a chegada das startups

A partir de 2019, o mercado brasileiro de proteínas vegetais começou a ganhar destaque com o surgimento de empresas inovadoras, como a Fazenda Futuro, que se especializou na criação de carnes à base de plantas. A startup introduziu produtos que imitavam o sabor e a textura da carne animal, contribuindo para a popularização dessas alternativas no país.

Em 2020, impulsionado pela pandemia de Covid-19, o setor de proteínas vegetais atingiu um novo patamar. Com a crise sanitária global, muitos consumidores passaram a rever seus hábitos alimentares em busca de opções mais saudáveis.

O resultado foi um crescimento expressivo no faturamento de produtos plant-based, que totalizou 82,8 milhões de dólares no Brasil. Além disso, grandes empresas, como Marfrig e JBS, começaram a investir no mercado de alimentos à base de plantas, aumentando ainda mais a oferta para os consumidores.

O Brasil como líder global em proteínas vegetais

Atualmente, o Brasil possui todas as condições para se tornar um líder mundial na produção de proteínas vegetais. O país já é um grande produtor de soja, milho e ervilha — ingredientes essenciais para a fabricação de alimentos plant-based — e conta com uma infraestrutura robusta para a produção e exportação desses produtos.

Com investimentos contínuos em inovação e tecnologia, o Brasil tem o potencial de se fortalecer nesse cenário. O futuro da alimentação no país está atrelado ao crescimento das proteínas vegetais, que promete transformar ainda mais a indústria alimentícia nos próximos anos.

Os bares e restaurantes, nesse sentido, precisam se manter atualizados para que possam atender ao público vegano e vegetariano, que segue em crescimento.

Afinal, a ausência de opções no cardápio que atendam a esses consumidores leva à perda de clientes, especialmente considerando que, independentemente do número de pessoas em um grupo de amigos ou família, basta haver um vegano ou vegetariano para que todo o grupo deixe de escolher um estabelecimento e opte por outro que seja capaz de atender à demanda - fenômeno conhecido como direito ao veto.

*Conteúdo feito com informações do blog Food Connection

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