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Totens de autoatendimento e aplicativos próprios têm impulsionado significativamente as vendas, com exemplo, a rede KFC, que implementou o uso de totens e cresceu 4,3 vezes em um ano

O autoatendimento possibilita uma alocação mais estratégica do pessoal, tornando o atendimento mais ágil e eficiente.Foto: Midjourney

A digitalização no setor de alimentação fora do lar tem sido um se apresentado como um pilar de crescimento para grandes redes como Burger King, KFC e McDonald’s.

No Brasil, os grupos que controlam essas marcas reportaram recentemente que as vendas digitais, englobando totens de autoatendimento, aplicativos próprios e serviços de delivery, agora representam mais da metade de sua receita. No segundo trimestre de 2024, esses canais movimentaram cerca de R$2,5 bilhões para essas companhias.

A revolução do autoatendimento

A presença de totens de autoatendimento nas redes KFC e Frango Assado, geridas pelo grupo IMC, era há um ano atrás zero, já hoje, todas as lojas dessas marcas estão equipadas com o serviço.

Entre abril e junho, quase 60% das vendas do Frango Assado foram realizadas via totens. Na KFC, esse canal de vendas cresceu 4,3 vezes em comparação ao mesmo período do ano anterior, respondendo por 58% das vendas digitais da marca.

Já o diretor de marketing da IMC, Alex BX Pinto, destaca que o autoatendimento permite ao cliente visualizar todo o menu, o que tende a aumentar o consumo. “A experiência é mais completa, o que faz o cliente gastar mais”.

Segundo ele, o ticket médio das vendas realizadas por totens é de 10% a 15% superior ao modelo tradicional. Além disso, o autoatendimento possibilita uma alocação mais estratégica do pessoal, tornando o atendimento mais ágil e eficiente.

As vendas digitais das principais marcas do grupo (Frango Assado, KFC e Pizza Hut) somaram R$212 milhões no segundo trimestre, um aumento de 58,8% em relação ao ano anterior, representando 50% da receita total dessas marcas.

Impacto do delivery na receita

Além do autoatendimento, o delivery tem sido uma peça-chave na estratégia digital dessas redes. Isso inclui tanto o fortalecimento da presença em plataformas como iFood e Rappi quanto a expansão dos aplicativos próprios, que oferecem maior controle sobre os custos de entrega e permitem uma relação mais próxima com os consumidores.

Entre abril e junho, aproximadamente 14% das vendas de delivery da IMC foram realizadas por meio dos aplicativos próprios das marcas. Nesse período, esses canais apresentaram um crescimento de 81% em vendas e 75% em transações na comparação anual. No entanto, a rentabilidade do delivery permanece um desafio, dado que os custos dessa operação são consideravelmente elevados em comparação com o serviço de balcão.

Para a diretora de tecnologia da informação da Zamp, controladora das redes Burger King e Popeyes, Fernanda Toscano, o segredo está no volume. "Precisamos de um delivery rápido, eficiente e com assertividade nas ofertas de produtos e promoções". No segundo trimestre, o delivery representou 16% das vendas totais da Zamp, movimentando R$179 milhões.

Os canais digitais contribuíram com R$559 milhões para o caixa da Zamp entre abril e junho, um crescimento anual de 30%, e representaram mais da metade da receita total da companhia no período, uma participação recorde. Segundo a empresa, esse avanço digital já resultou em uma redução de 18% nos custos operacionais. "Estamos no caminho certo com o canal digital e esperamos que ele responda por cerca de 52% da receita anual", diz Toscano.

Programas de fidelidade como ferramenta de crescimento

Outro fator de crescimento impulsionado pela digitalização são os programas de fidelidade. Esses programas, que oferecem descontos e a possibilidade de acumular pontos para futuras compras, têm se mostrado eficazes em aumentar o ticket médio.

Na Arcos Dorados, responsável pelo McDonald’s no Brasil, clientes fidelizados gastam em média 20% a mais que aqueles que não utilizam o serviço. O programa ‘Meu Méqui’, lançado em outubro passado, já alcançou mais de 10,5 milhões de membros registrados até o final de julho, em comparação com 8 milhões no final de abril.

No Brasil, os canais digitais representaram quase 70% das vendas totais do McDonald’s no segundo trimestre, somando US$442 milhões, o equivalente a US$309 milhões, ou R$1,7 bilhão, na cotação atual.

"Continuaremos investindo na expansão da nossa plataforma digital, que aumenta o valor e a conveniência, ao mesmo tempo em que eleva a frequência dos usuários e otimiza o valor do cliente", afirmou Luis Raganato, diretor de operações da controladora do McDonald’s no país em entrevista para o jornal O Valor.

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