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A CEO da Gouvea Food Service fala sobre a importância de novidades e tendências no setor serem destrinchadas em eventos como a NRA Show e das vantagens para os empreendedores

A especialista Cristina Souza comenta as expectativas sobre o NRA Show 2024. Foto: Flickr

A inovação no setor de alimentação fora do lar é ainda mais atrativa quando trabalha a favor da produtividade. Ela pode ocorrer por meio da tecnologia, da criação de novos equipamentos e técnicas e de diversas outras maneiras.

Eventos dedicados a propagar essas inovações, transmitir tendências e incentivar o diálogo entre empreendedores no setor são uma boa oportunidade para gerar valor e produtividade.

A NRA Show é um destes eventos, e para comentar a importância e a expectativa sobre a edição de 2024, a sócia fundadora e CEO da Gouvea Food Service, Cristina Souza, concedeu uma entrevista ao podcast O Café e a Conta. Confira um trecho:

Não dá para falar de inovação e tendências no mercado de food service sem falar da NRA Show 2024, que vai ser realizada em Chicago em maio desse ano. O que esse evento significa para o setor?

Essa é uma das maiores feiras das Américas, quando nós falamos em alimentação fora do lar. É uma feira que recebe em torno de 55 mil pessoas e tem em torno de 2.800 expositores. A maioria é dos Estados Unidos, mas são mais de 100 países participantes.

Ela tem em torno de quatro ou cinco dias de duração e, se você vai a ela todos os dias, do horário que abre ao horário que fecha, ainda não dá conta de ver tudo o que tem de inovação por ali, de equipamentos, de utensílios, alimentos.

É realmente uma feira muito pujante e junto com ela também tem um congresso que é bastante interessante, com muito conteúdo bacana. Nós já tivemos a oportunidade de representar o Brasil por dois anos consecutivos e apresentá-lo à cena do Food Service internacional.

E qual é a sua expectativa em relação às inovações que serão apresentadas durante a NRA Show esse ano?

Nossas grandes expectativas estão na área de tecnologia, que promove avanços muito representativos. Também temos acompanhado o movimento dos alimentos plant-based, equipamentos de última geração, e inclusive alguns podem ter até inteligência artificial, braços robóticos fazendo atividades, trabalhando na fritura, trabalhando como baristas, enfim, coisas que a gente vê pelo TikTok, pelas mídias sociais.

E podemos testar ao vivo e entender qual é o preço dessa tecnologia e em quanto tempo ela vai estar mais próxima, não só do Brasil, mas do mundo todo.

Como você iniciativas, como a da Abrasel, para levar os associados até a NRA Show e levar esse debate para os empreendedores brasileiros?

É fantástico, porque o Brasil tem uma grande importância no cenário mundial de gastronomia. Há 15 anos, nós íamos para esses eventos internacionais e voltávamos com o sentimento de estarmos distantes.

E o que aconteceu nos últimos 10 anos foi um posicionamento mais firme, mais estruturado do empresariado como um todo do Brasil em relação a melhorar a qualidade de serviço e atendimento, melhorar a qualidade de produto e melhorar a sua performance em termos de produtividade.

Então quando você vai para um evento como esse, você percebe que as distâncias estão se reduzindo, porém ainda estamos atrás, porque é um mercado realmente mais maduro.

Além de visitar a feira, temos a oportunidade de fazer várias visitas técnicas e conversar com diretores, CEOs e gerentes para entender qual é a dor deles. E percebemos que eles também têm problemas que discutimos muito no Brasil, o que é muito interessante, porque imaginamos que estamos em um mercado diferente e que as coisas serão completamente diferentes, mas estamos todos perseguindo as mesmas linhas, custo de alimentos, custo de mão de obra, e outras despesas.

Aqui, nós temos vários desafios para poder acessar linhas de financiamento, que para eles são muito mais fáceis, mas percebemos sim o movimento pró-profissionalização do mercado brasileiro.

E como os empreendedores brasileiros podem colocar em prática toda essa inovação, essas tendências de mercado que eles descobrem na NRA, pensando na nossa realidade?

O trabalho inicial é dividir com a equipe todos esses aprendizados e se organizar em relação ao que você aprendeu e transmitir esse conteúdo para sua equipe.

Nós da Gouvea fazemos vários eventos, inclusive em parceria com a Abrasel, para propagar o conhecimento. Assim, as pessoas que não estiveram lá conseguem se engajar com esse conhecimento, e a partir fazer um plano de ações de maneira estruturada, pensando no que vai trazer mais resultado para o seu negócio, no curto, médio e longo prazo.

Você vê um equipamento fantástico e fala “eu tenho uma hamburgueria, se eu comprasse aquela grelha especial que eles têm, ia triplicar a minha capacidade de operação”. Perfeito, você vai conseguir fazer isso no curto prazo?

Não, porque você tem que buscar um distribuidor que vai importar esse produto, mas o que é possível fazer? “Eu percebi que eles têm um jeito de montar a linha de operação que mudaria a minha produtividade, vou implementar isso imediatamente” então vamos ter diálogos com a equipe e treinamento todo dia.

Existem ações muito práticas que implementamos em um curto espaço de tempo e com um pequeno investimento. Às vezes existem softwares no Brasil que são os mesmos do mercado americano e não usamos por achar que vai ser difícil ou que o cliente não vai aderir. Lá, percebemos o quanto isso funciona e começamos a implementar.

Confira abaixo a entrevista completa com Cristina Souza para o podcast O Café e a Conta!

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