Vereadores de São Paulo aprovaram nesta quarta-feira, 18, em primeiro turno, um pacote de projetos de lei que proíbe a venda de cigarro em padarias e supermercados, o consumo de álcool em postos de gasolina e a distribuição de plásticos descartáveis pelo comércio em geral. Todos ainda precisam de ser votados em segundo turno para serem encaminhados à sanção do prefeito Bruno Covas (PSDB).
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Vereadores já se mostravam preocupados com o fato de que chegariam à disputa pela reeleição, no ano que vem, sem propostas relevantes para apresentar à população mais afastada de seus redutos eleitorais.
Interferência na iniciativa privada
Para Percival Maricato, presidente da Abrasel em São Paulo, mais uma vez faltou diálogo na aprovação do projeto que restringe plástico. O texto que proíbe a venda de cigarros em padarias é do vereador Rinaldi Digilio (Republicanos). Ele disse que, mesmo que o projeto seja “impopular”, seu objetivo é reduzir gastos da cidade com tratamento médico de fumantes. “Pesquisa mostra que os jovens começam a fumar ao ver a propaganda de cigarros nas padarias”, afirmou. Se aprovada, a lei só permitirá a venda de cigarros e derivados em bares, tabacarias e lojas especializadas.
A norma que restringe o consumo de álcool nos postos é um projeto substitutivo a uma proposta apresentada pela vereadora Rute Costa (PSD). “O que foi aprovado não restringe nada. Meu texto proibia a venda nas lojas de conveniência”, enquanto que o que foi aprovado foi o consumo do lado de fora da loja, segundo a vereadora. O substitutivo veio após reação de donos de postos. “O fator econômico pesou”, disse a vereadora.
*Com informações do jornal São Paulo Agora