Elaborado por diversas entidades e movimentos sociais, plano sugere um pacto social entre prefeitura, sociedade e cidadãos. As medidas sugeridas valem para todos os setores e a implantação se daria em fases, conforme a média móvel de casos
Belo Horizonte está há 125 dias mergulhada na crise da Covid-19 sem um plano claro e consistente de enfrentamento, elaborado em conjunto com a sociedade. Além de proteger a saúde, é preciso dar previsibilidade aos cidadãos, aos empreendedores e aos gestores públicos, com critérios que resultem de um pacto entre todos. Assim, um conjunto de entidades (entre elas a Abrasel) preparou uma proposta, apresentada nesta quarta-feira (22) e que será levada à prefeitura com um apelo por diálogo envolvendo toda a sociedade. O plano leva em conta as melhores práticas mundiais para enfrentamento da crise e se baseia em critérios defendidos por diversos especialistas em saúde pública (conheça o plano clicando aqui). A reabertura do comércio, dos serviços, das repartições, escolas e outras atividades se daria em fases, conforme alguns estágios sejam atingidos.
“O que buscamos é o entendimento, o diálogo, desde o começo. Um grande pacto entre todos, com muita responsabilidade, que nos permita superar a crise na saúde, mas também a crise na economia. O que apresentamos agora é um plano consistente, para que seja discutido de modo a incluir a todos, trazendo mais previsibilidade e a esperança de uma retomada que seja segura, sem sufocar de maneira desigual este ou aquele setor”, diz o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci. “A partir do momento em que todos se sentem representados e entendem de maneira clara os critérios de reabertura, sem comprometer a segurança, fica muito mais fácil organizar a retomada”, completa.
O plano apresentado pelas entidades tem algumas premissas. Entre elas, um cronograma para que os diversos setores apresentem suas sugestões, um plano para mitigar o risco no transporte público, o incentivo para que as empresas estabeleçam turnos de trabalho para permitir uma melhor organização e distanciamento social, além de critérios para a definição de etapas de reabertura. A retomada, assim, se daria em cinco fases, cada uma permitindo a retomada para certos setores da economia. Com um plano consistente, transparência e diálogo, as entidades acreditam que será possível responder à pergunta que todos na cidade fazem neste momento: que dia BH volta?