“É fundamental aprendermos a lidar com o cliente tanto pessoalmente quanto no digital, especialmente, explorando o mercado dentro de casa, que ganhou força com os serviços de entregas por meio de aplicativos”, destaca Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel
A pandemia do coronavírus forçou a adaptação de bares e restaurantes, que precisaram atualizar seus processos, adotar novas funcionalidades e reforçar as soluções tecnológicas. E essa transformação digital vai se consolidar ao longo dos próximos meses, sendo imperativa a integração entre os diferentes modelos de atuação adotados pelos bares por causa das demandas do consumidor.
Para representantes de associações, esses estabelecimentos devem reforçar o uso da tecnologia em suas atividades, mesmo em um cenário de funcionamento sem qualquer tipo de restrição, pois elas também permitiram a otimização de processos.
“Podemos prever um aprofundamento desses novos modelos, sobretudo de dark kitchens e modelos digitais, o uso acelerado de ferramentas de transformação digital, como totens de autoatendimento e cardápios eletrônicos, de maneira que o digital e o presencial estejam cada vez mais integrados”, afirma Fernando Blower, diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes.
Essa ampliação do uso dos recursos eletrônicos por bares e restaurantes permite a ampliação da gama de serviços oferecidos, que não se resumem mais ao atendimento in loco, passando também pela criação e continuidade do sistema de delivery e mesmo por diferentes vertentes e horários de atendimento.
Isso é importante, pois a relação com o cliente para bares e restaurantes não se dá mais apenas presencialmente, o que reforça a necessidade de transformação digital desses estabelecimentos.
“É fundamental aprendermos a lidar com o cliente tanto pessoalmente quanto no digital, especialmente, explorando o mercado dentro de casa, que ganhou força com os serviços de entregas por meio de aplicativos”, destaca Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
Além disso, o uso de ferramentas digitais pode auxiliar bares a compreenderem, através de dados estatísticos, o perfil do consumidor, suas características e preferências. “Toda e qualquer ferramenta que traz insights estatísticos sobre seu público, seus produtos, tendências do mercado, sazonalidade do negócio, entre outras informações relevantes, é muito valioso”, diz Mateus Bodanese, CEO da myTapp.
Esse maior entendimento das demandas do consumidor também passa pela apresentação de novidades. Com isso, ao mesmo tempo em que bares precisam consolidar tendências advindas da pandemia, podem aproveitar a retomada da normalidade para surpreender o consumidor com ofertas de serviços e produtos que ele ainda não conhecia.
“A força da inovação está em marcar positivamente o consumidor e atrelar a marca a uma experiência, isso é muito significativo. Mas inovar dá trabalho, por isso, para não perder nenhuma oportunidade em 2023, meu conselho é fazer testes, apostar em estratégias consolidadas e tentar inovar em tudo que estiver ao seu alcance”, acrescenta Bodanese.
Assim, com a ampliação da atuação e um trabalho de aproximação do consumidor, os bares deverão conhecer os desejos do seu público-alvo, aproveitando a expectativa de alta do consumo ao longo de 2023. “O importante é aprender a lidar com o consumidor, que está cada vez mais exigente, conhecendo mais os produtos no que diz respeito a cerveja”, conclui Solmucci.
Fonte: Guia da Cerveja BR