A data é celebrada nesta terça; especialista lista compostos necessários para a saúde e como substituí-los na dieta vegana

O Dia Mundial do Veganismo é celebrado nesta terça-feira (01) e marca um estilo de vida que busca excluir a exploração cruel de animais em alimentos, vestuário, cosméticos, jóias, artigos de limpeza e outros.
Dados do Instituto Ipsos mostram que 28% dos brasileiros estão buscando comer menores quantidades de carne no dia a dia, porém, para manter a saúde e garantir a ingestão dos nutrientes fundamentais para o corpo humano, é necessário ter um cuidado especial voltado para a reposição dessas fontes.
A data é comemorada desde 1994 em alusão ao 50º aniversário de fundação da The Vegan Society, instituição da Inglaterra e a mais antiga do mundo nesse segmento.
Dentre os alimentos que não são indicados para consumo no veganismo, todos os tipos de carnes, laticínios, ovos, mel e qualquer produto de origem animal, que cause algum sofrimento a eles, então entre os mais elencados. Roupas - como o couro -, rodeios, circos, itens de higiene, enfim, tudo que envolva a participação de animais também não são consumidos.
Entretanto, os nutrientes vindos desta forma de alimentação precisam ser repostos, caso contrário, há grandes chances de problemas relacionados à falta específica de certas substâncias. A nutricionista Luciana Brasil explica que tudo deve começar por um acompanhamento profissional.
“Muitas vezes, as pessoas decidem fazer uma dieta vegana porque viram na tv. Então, quando essa dieta é auto acompanhada, sem a presença de um nutricionista, os estudos comprovam que a pessoa não consegue elaborar uma dieta que vá alcançar todas as necessidades nutricionais dela”, afirma.
As principais perdas dizem respeito às vitaminas do complexo B, como a B12, à micronutrientes, como o iodo, cálcio e zinco.
“O nutricionista é o único habilitado para fazer planos nutricionais. Ele provavelmente vai incluir uma variedade de alimentos, sem deixar a dieta monótona, porque é difícil de ser seguida e porque vai ter déficits nutricionais. Para esse indivíduo conseguir aminoácidos, vitaminas, minerais e macronutrientes - carboidratos e lipídios - essenciais, ele tem que saber qual a associação fazer para haver melhor absorção”, lista a nutricionista.
Repor nutrientes é necessário para a saúde
Há, ainda, o caso de precisar fazer uma suplementação. Isso porque algumas substâncias encontradas em produtos de origem animal são fundamentais e mais facilmente vistas neste tipo de item do que em outros.
“É importante incluir na alimentação os vegetais verde escuros, como espinafre, couve, brócolis, couve-flor… A vitamina B12 só tem em origem animal, então, ou você vai fazer a suplementação, que seu nutricionista, através de exames, vai avaliar sua alimentação e saber se você tá suprindo essa necessidade. Mas, também, pode usar alimentos fortificados, como leite de soja ou de outros grãos que venham com essa vitamina”, pondera Luciana.
Alimentos que ajudam na absorção de vitaminas devem ser priorizados
Para aumentar a absorção, também de suma importância, a nutricionista indica a ingestão de alimentos específicos. Os dois tipos de ferro, o “heme” e “não heme”, precisam de ajuda para a fixação no organismo. Além disso, a forma de preparo da comida também deve ser levada em consideração.
“Quando você vai comer feijão, é importante que você associe ele a uma vitamina C, ou seja, pegar um limão e espremer no feijão, justamente para melhor a absorção desse ferro e evitar uma carência, uma anemia ferropriva. Tem, ainda, os anti nutrientes, vegetais ricos que são compostos e fazem a absorção diminuir por conta da forma como você cozinhou. O preparo também é importante”, destaca.
Veganismo evita doenças e aumenta qualidade de vida
A dieta vegana, quando comparada a uma dieta tradicional e, até mesmo, à vegetariana, é mais rica em fibras, contém mais potássio, magnésio, vitaminas A, C e E, junto com antioxidantes.
“Ou seja, a dieta ajuda também na diminuição do diabetes, hipertensão, colesterol e doenças cardiovasculares. A pessoa tem um ganho porque ela se alimenta de menos alimentos processados, açúcar, gordura saturada, trans… É uma dieta não rica em aditivos, conservantes e, com isso, ela consegue uma estabilidade e melhora o colesterol ‘bom’, o HDL”, finaliza Luciana.
Alimentos ricos em proteína:
→ Feijão;
→ Ervilha;
→ Lentilha;
→ Grão de bico;
→ Tofu;
→ Quinoa;
→ Noz;
→ Chia.
Fonte: O Liberal
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