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Apostas online afetam consumo e mão de obra no setor de bares e restaurantes

  • PUBLICADO EM: 28/07/2025
  • Tempo estimado de leitura: minuto(s).

Consumidores que apostam diminuem a frequência em estabelecimentos e queda de produtividade entre funcionários revelam impacto social preocupante das bets

Impacto em bares e restaurantes é provocado tanto de clientes quanto funcionários. Foto: Midjourney

O avanço das apostas esportivas no Brasil tem gerado efeitos preocupantes em várias áreas, inclusive para o setor de alimentação fora do lar. Um deles é a diminuição no consumo presencial em bares e restaurantes: segundo levantamento da ABMES, o número de apostadores que já deixaram de consumir nesses estabelecimentos em algum momento passou de 24,8% para 28,5% entre 2024 e 2025.

Desde que a regulamentação das casas de apostas começou, em janeiro desse ano, o número de acessos diários aumentou 23% e passaram a ocupar a 2ª posição em acessos na internet em maio, atrás apenas do Google, segundo dados da SimilarWeb. Isso revela não só o alcance das apostas, mas também sua presença constante na rotina digital dos brasileiros.

Outro reflexo das apostas nos empreendimentos diz respeito a força de trabalho. Empreendedores relatam queda no rendimento de funcionários impactados emocional e financeiramente por perdas em apostas.

Esse fenômeno ganha contornos ainda mais graves quando se observa que a faixa etária e de renda dos apostadores coincide com os dados da mão de obra do setor, formado majoritariamente por jovens de 21 a 35 anos, com renda média de R$ 2.227,00, segundo a PNAD de maio.

O estudo da ABMES aponta ainda que 37% dos apostadores estão na classe C e 12% na classe DE, ou seja, quase metade dos jogadores vêm de grupos com menor renda. Apesar da imagem de investimento promovida por influenciadores e publicidade agressiva, os jogos de aposta online são, na prática, operações em que o ganho está concentrado nas plataformas.

O comportamento compulsivo associado às apostas online pode gerar uma sensação ilusória de controle e sucesso, agravando quadros de vulnerabilidade emocional e dificultando a manutenção de rotinas profissionais estáveis.

Consequências no mercado de trabalho

A popularização das apostas esportivas, além de gerar desorganização financeira, cria uma ilusão de enriquecimento rápido, o que desestimula parte da juventude a buscar qualificação ou estabilidade profissional.

De acordo com pesquisa da Abrasel realizada em março, 90% dos empresários afirmam ter dificuldades para contratar novos funcionários. Entre os principais motivos, estão a escassez de profissionais bem qualificados (64%) e a falta de interessados nas vagas (61%).

Além da dificuldade de contratar, muitos empresários têm relatado casos de funcionários cada vez mais dependentes dos jogos. Em casos extremos, como o de Roberto Franco*, proprietário de um restaurante em Fortaleza (CE), um de seus funcionários foi pego roubando o estabelecimento.

“Esse funcionário perdeu todo o salário em apostas online, aí para alimentar sua família ele estava roubando alimentos do nosso estoque (...) pegamos as imagens nas câmeras e tivemos que demiti-lo por justa causa”, comenta.

O ato de apostar não é um problema em si, contudo quando apostar sai do controle se torna uma doença, a ludopatia, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, 10,9 milhões de pessoas fazem uso perigoso de apostas, segundo pesquisa feita pela Unifesp.

“As apostas podem ser um fator de adoecimento mental mais poderoso do que se imagina. A pessoa saturada mentalmente pelos jogos não consegue desenvolver as tarefas do cotidiano, não consegue manter a atenção e passa a viver em um estado de exaustão e dependência”, comenta Paulo Jelihovschi, psicólogo e líder Gentes e Jornadas da Abrasel.

O avanço das apostas online representa um desafio emergente para a saúde financeira e emocional de trabalhadores e empreendedores. Por isso, a regulação e uso consciente dessas plataformas deve considerar também os impactos sociais e econômicos nos pequenos negócios e no mercado de trabalho.

*Nome fictício para preservar a imagem do entrevistado.

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