O objetivo do encontro era discutir os prós e contras da venda e importação desse tipo de produto

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) promoveu nesta quinta-feira (9) uma audiência pública sobre a comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil. O evento foi realizado na sede do órgão e contou com a presença de representantes da indústria de tabaco, como a Philip Morris. O objetivo do encontro era discutir os prós e contras da venda e importação desse tipo de produto. Atualmente, ambos são proibidos em território nacional, mas a Anvisa admite a coleta de dados que constatem os eventuais benefícios do cigarro eletrônico.
Uma das principais questões abordadas na audiência foi o risco que a fumaça deste tipo de dispositivo causa. Além disso, qual o meio utilizado pelas empresas para filtrar a nicotina presente nos cigarros e como a substância afeta a saúde do usuário. O diretor da Anvisa, Renato Porto, disse que a agência está estudando as melhores maneiras de abordar o assunto, que segue um novo modelo regulatório. “Nesse sentido, o processo regulatório que trata dos dispositivos eletrônicos para fumar vem sendo conduzido conforme as diretrizes do novo modelo. E isso é garantir transparência, previsibilidade, participação social e a tomada de decisão baseada na melhor evidência científica disponível atualmente”, afirmou Porto.
Outra preocupação da Anvisa é com os prejuízos à saúde causado pelo uso de metais pesados soldados no cigarro. Somado à isso, a introdução desse produto pode causar 1 aumento no número de usuários, já que é uma opção a mais no mercado. Representantes de marcas tabagistas como a norte-americana Philip Morris –dona da Marlboro– e da brasileira Souza Cruz estiveram presentes. Ainda participaram sindicatos da indústria de tabaco e membros de órgãos de combate ao fumo. Uma nova audiência sobre o assunto está marcada para 27 de agosto, na sede da Anvisa na cidade do Rio de Janeiro.
Fonte: Poder 360