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Alta da moeda americana resultou em uma compra ainda maior de rótulos brasileiros nos primeiros cinco meses de 2020

Por Diego Bertolini

Não há novidade em dizer que o dólar influencia diretamente o preço dos vinhos importados. Afinal, todas as importações, em qualquer moeda, de qualquer origem, quando apresentada a Declaração de Importação os valores são convertidos para o dólar e aplicadas as devidas taxas para o pagamento dos impostos de nacionalização. Mas quais são os efeitos reais? Como o mercado reage a essas variações?

Em 2014, a média de cotação da moeda americana foi de R$ 2,54, de forma nominal, ou seja, sem a influência da inflação sobre os valores. A moeda variou 11% ao ano chegando em 2019 a uma média de R$ 3,94. Hoje 01 de julho de 2020, acabamos de chegar nos R$5,30 por cada dólar. Como repassar toda esta variação aos estabelecimentos comerciais e os consumidores? Eles estarão dispostos a pagar mais? Sabendo que estamos vivendo em um momento de incerteza e de vacas margas principalmente no canal de bares e restaurantes que representa quase 10% da venda de vinhos no Brasil.

A solução foi os importadores repassarem os preços para as marcas mais tradicionais e consolidadas no mercado e buscarem produtos mais em conta na hora de importar. Segundo dados da Ideal Bi, o preço médio das importações em 2014 era U$ 37,2 (caixa de 12 garrafas) e hoje despencando para U$27,2, isto significa que estamos ofertando vinhos de menor curso, de menor qualidade a um preço maior.

Com esta conjuntura quem está tirando vantagem são os produtores brasileiros, que obtiveram nos cinco primeiros meses de 2020 um incremento de 25% da comercialização de vinhos finos e 15 % no global incluído vinhos finos e de mesa. De acordo com o mesmo levantamento realizado pela Ideal BI a importação também cresceu 5% impulsionada pela importação direta de e-commerce e supermercados, mostrando que o mercado brasileiro de vinhos está em ebulição e o vinhos é a bebida da pandemia.

Também outro fator muito relevante é que nos últimos três anos o Brasil obteve duas safras espetaculares em termos de qualidade. Depois de uma safra excepcional em 2018, mais nova boa notícia alegrou os vitivinicultores do país, a safra de 2020, que é chamada a “safra das safras”, resultado vinhos de um nível de qualidade extremo devido a condições climáticas que favoreceram tanto as já consolidadas borbulhas quanto os brancos e tintos verde amarelos.

1. Para evitar descontinuidade no fornecimento de alguns rótulos que possam deixar a sua Carta de Vinhos com “buracos”, busque distribuidores, importadores e\ou vinícolas confiáveis e com histórico na distribuição de vinhos. Os mesmos devem garantir o fornecimento destes rótulos no período de vigência da sua carta de vinhos (normalmente de um ano);

2. Uma das regras básicas na estruturação de uma carta de vinhos é começar a carta com os produtos do próprio país. Em seguida, os vinhos do continente sul americano e, por último os demais países que fazem parte da carta;

3. Aproveite o movimento de valorização dos produtos brasileiros e a questão cambial para fechar parcerias com produtores de vinhos que podem ofertar itens exclusivos e trazendo novidades aos seus clientes;

4. Analise o seu menu, pensando em rótulos que harmonizem com seus pratos e agradem seu cliente;

5. Solicite amostras dos vinhos e faça o teste de harmonizacao com os pratos;

6. Faça cotações e busque parceiros que façam uma distribuição fracionada, ajudando com seu capital de giro;

7. Vinhos de custo\benefício são fundamentais no portfólio do(s) fornecedores escolhidos. 70% do vinho vendido no Brasil é até 80 reais, então buque opções de qualidade para entregar este benefício a seus clientes;

8. Crie um bom relacionamento com os fornecedores escolhidos. Além do atendimento negocie um suporte na promoção das marcas em seu estabelecimento;

9. Se tiver uma em seu portfólio mais de 20 rótulos procure comprar de mais de um fornecedor;

10. Muitos alegam que vender vinho em taça pode causar desperdício e consequentemente prejuízo ao estabelecimento. Isso é um grande MITO. Embalagens como a Bag in Box podem lhe dar durabilidade de até 30 dias após aberto e gerar uma margem de mais de 200% na venda desta modalidade.

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