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Uma pesquisa inédita no Brasil feita pelo Sebrae mostra que os estabelecimentos que adotam o atendimento do tipo self-service ou comida por quilo, representam a maior parte dos restaurantes de pequeno porte no Brasil. De cada dez restaurantes, seis adotam esse sistema.

Num mundo em que cada dia as pessoas precisam de mais tempo e primamos pelo direito à individualidade, fica claro que temos que adequar a realidade das empresas do setor de alimentação fora do lar (AFL) às exigências sanitárias e permanecer atendendo aos anseios e costumes da sociedade moderna. Dessa forma, após o isolamento social provocado pela pandemia de Coronavírus, os negócios devem se adequar para manter o funcionamento dos bufês e self-services, que já estão incorporados no dia a dia dos brasileiros por atender a todas as classes sociais, contemplando as diversas idades e permeando os quatro cantos do país.

No momento de pandemia, em uma guerra onde o inimigo é invisível e tem uma alta capacidade de proliferação, novas reflexões surgem e novas atitudes precisam ser tomadas para restabelecer a normalidade da vida nesse Novo Tempo.

Segundo Priscila Nonaka, sócia da EGG - Escola de Gestão em Negócios, o cliente estará mais atento aos novos procedimentos, experiências e adequações do local, podendo até investir mais em locais mais seguros. Agora no “novo normal” o bonito é ser o “mais seguro” e que demonstra ser “mais confiante”.

A Abrasel criou uma equipe multidisciplinar com nutricionista, biólogos, conselheiros da Abrasel e consultores do setor, em que tive a honra de participar. Esse grupo elaborou uma “Cartilha Como Retomar as Atividades – Recomendações e Cuidados para uma Reabertura Segura de Bares e Restaurantes Diante da Crise” visando orientar os governantes e empresários do setor por todo o Brasil, quanto as medidas que devem ser tomadas.

As pessoas, de uma forma em geral, devem reivindicar seus direitos de segurança dos alimentos nos estabelecimentos. Os clientes serão como fiscais e escolherão os estabelecimentos que estiverem adequados e preocupados com a saúde de todos.

Para tanto, nunca se fez tão importante a sinalização e a comunicação visual dentro das empresas de bufê e self-service, placas indicando o nível de cuidados com a higienização dos manipuladores de alimentos, dos utensílios e da cozinha e os EPI´s que todos da operação usam; placas indicando que as mesas e cadeiras serão higienizadas a cada ciclo de serviço; e outras mostrando a distância entre os colaboradores – essas são algumas das regras que precisam ser afixadas ao longo do equipamento e devem ficar bem visível a todos os clientes.

De nada servirá a dedicação e adequação de todos os negócios se a população não se conscientizar e aceitar que maus hábitos não serão mais bem-vindos, como: entrar na fila sem higienizar as mãos, falar ao celular enquanto se serve, pegar um pequeno aperitivo e comê-lo enquanto está na fila, conversar com o colega de fila enquanto espera o cliente da frente se servir. É necessário entender que, devido aos cuidados sanitários de combate o COVID-19, é preciso adquirir Novos Hábitos para continuar frequentando o restaurante a quilo que tanto gosta e se acostumou a frequentar.

A empatia dos clientes ao próximo se dará desde a se acostumar a lavar as mãos quando chegar ao restaurante e calçar as luvas antes de pegar o prato até começar a se servir e guardar a distância recomendada de 1m entre os outros clientes na fila de entrada, do bufê e do caixa. Com a ajuda de todos, venceremos este inimigo invisível.

*Brandão Júnior é Engenheiro Civil e pós-graduado em Engenharia de produção e MBA em Gestão Empresarial , membro do Conselho de Administração Nacional da Abrasel, Diretor da AC Maceió e SINDHAL, Empresário do setor de AFL há 19 anos e atua nos segmentos de bar, boate, produtora de show, self-service, padaria e restaurante.

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