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O tempo é de muitas mudanças. E o que vai ficar de tudo isso? Claro, ninguém tem a resposta exata. Mas há a certeza que devemos e podemos reaprender. As empresas e pessoas entenderam que é possível se adaptar a diversas situações. Na Segurança dos Alimentos não é diferente. Bares e restaurantes sempre souberam como evitar a disseminação de doenças. Mas, é claro, tiveram de reforçar alguns procedimentos e se adaptar a novas exigências da legislação num curto espaço de tempo.

Se olharmos para as Boas Práticas, que antes estavam no nosso dia a dia de uma forma automática, agora é preciso prestar atenção nos detalhes. Como sabemos, situações rotineiras podem ser pontos de contaminação e neste momento devemos redobrar a atenção e reaprender a cuidar.

Pense no simples hábito de lavar as mãos. Tenho a certeza de que hoje você já pensou inúmeras vezes em momentos que você deveria lavar as mãos em seguida. Tocou em superfícies que podem estar contaminadas? Pegou no celular? Usou uma maçaneta? Pegou emprestado uma caneta para assinar um documento? Lidou com produtos no supermercado? Realmente são muitas situações que merecem nossa atenção e cuidado. Nos restaurantes não é diferente. Pequenos gestos podem ter grande impacto, inclusive na imagem do estabelecimento.

Claro, os colaboradores já conhecem todas as normas, mas a partir de agora não só precisamos de mais atenção, como tornou-se vital a capacitação constante da equipe para cuidar das Boas Práticas. A equipe deve estar sempre engajada na melhoria dos processos, e ter estes momentos em conjunto colabora para aparar as arestas, buscar novas soluções e desenvolver ainda mais a equipe.

E no salão? Os garçons e atendentes devem ter atenção redobrada em cada momento do serviço. O cliente está observando com muito mais cuidado e quer ter a garantia de que o estabelecimento que ele escolheu está cuidando da sua segurança – assim criará confiança para retornar. A equipe do salão deve entender detalhadamente cada etapa do serviço e trabalhar para que a experiência do cliente seja positiva.

Um novo olhar pode ser aplicado também aos equipamentos. Nos bufês, por exemplo, os balcões com protetores salivares já existiam – e agora se tornaram fundamentais, o que não irá mudar com o fim da pandemia. Afinal, é um item de segurança que traz mais tranquilidade ao estabelecimento e confiança ao consumidor. O mesmo olhar vale para novos sistemas de pagamento que evitam o contato, como o Pix, que será implantado pelo Banco Central em novembro.

E, ainda, o restaurante terá a tarefa de conscientizar o consumidor. Que, por muitas vezes, está desatento e esquece que o restaurante tem os protocolos para seguir. A comunicação com o cliente é fundamental, tanto nas redes sociais quanto no próprio restaurante. Mas, claro, é preciso cuidado com a poluição visual. A comunicação tem de ser objetiva e concisa.

Este novo olhar para as Boas Práticas requer de empresas e pessoas atitudes de cuidado: cuidar de si e do outro. São mudanças que vieram para ficar, mesmo depois que a pandemia estiver superada. É tempo de evoluir e aprender um novo jeito de cuidar.

Adriana Lara é especialista em segurança dos alimentos e gerente de conteúdo da Abrasel




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