Presidentes e executivos das entidades que compõem a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) estiveram nesta quarta-feira (21) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, para um encontro com o ministro da Economia no governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes. O CCBB é local escolhido por Bolsonaro como gabinete de transição governamental. Além de Paulo Guedes, o grupo foi recebido ainda por Carlos Alexandre da Costa, integrante da equipe econômica de transição.
Em nome do grupo, o presidente da Unecs e da Abrasel, Paulo Solmucci, apresentou a Guedes as principais pautas do setor de comércio e serviços: regulamentação do comércio/serviços de ambulantes e itinerantes; regulamentação e implantação do Cadastro Positivo; reapresentação e aprovação da Lei da Gorjeta; autorização para os supermercados e estabelecimentos similares a comercializarem medicamentos isentos de prescrição; definição de parâmetros de dosimetria para a aplicação de sanções administrativas; permanência da vedação de cobrança de taxas negativas de serviço feita pelas empresas prestadoras às empresas beneficiárias do Programa de Alimentação do Trabalhador; simplificação de procedimentos de registros de perdas e quebras de estoques de modo a permitir registro simplificado, sem prejuízo às medidas tributárias aplicáveis; melhoria das calçadas nos centros urbanas; recuperação de centros urbanos; e isonomia tributária.
"A Unecs tem trabalhado fortemente por todas estas pautas e queremos estar de mãos dadas com o novo governo em todas estas empreitadas. Queremos apoiar o governo porque temos uma pauta extremamente alinhada. Queremos que o empreender no Brasil seja mais simples", disse Solmucci. Presente na reunião, o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo, deputado Efraim Filho (DEM/PB) disse que "juntos, a Frente e a Unecs, estamos prontos para defender essa agenda. Seremos interlocutores no Parlamento".
Em sua fala, Paulo Guedes declarou empatia às pautas, já que ajudou na Campanha de Guilherme Afif à Presidência da República, em 1989, e sabe que 70% dos empregos gerados no Brasil vêm dos pequenos negócios. Guedes também afirmou que pretende manter com regularidade encontros como o desta quarta-feira, com o setor produtivo. "Vocês que estão na batalha é que sabem onde o calo dói. É importante ouvirmos o que vocês têm a dizer para o governo", afirmou.
“Tenho um profundo apreço pelos pequenos empresários porque são quem gera emprego e renda nesse país. Quando alguém vira empresário começa a sentir os obstáculos, a burocracia e os altos impostos. A taxa de mortalidade de empresas é enorme e o governo luta todos os dias contra os empresários. Vocês estão nessa batalha e sabem onde dói. Nós vamos reduzir e simplificar impostos e contamos com esse tipo de reunião para entender o que o empreendedor precisa no Brasil”, pontuou Guedes.
Sobre as propostas para a gestão do Ministério da Economia, Guedes foi enfático ao afirmar que o foco é diminuir drasticamente a carga tributária do País. O projeto é que mais de 40 impostos se tornem apenas uma cobrança única federal. "É uma pauta para criar emprego e gerar crescimento", disse. E para isso, continuou, não é preciso cortar muito gasto, mas controlar a expansão dos gastos públicos nos próximos anos. "O governo tem que ser enxuto e eficiente", ponderou.
Paulo Solmucci ressaltou a Paulo Guedes sobre a importândia da Lei da Gorjeta para bares e restaurantes