Os representantes do BC, Carlos Brandt e Breno Lobo, mostraram as funcionalidades da plataforma, que já tem quase mil instituições (entre bancos, fintechs, empresas de automação e aplicativos) em processo de integração
O Pix, serviço de pagamentos regulado pelo Banco Central, entra em operação em novembro. Ele promete revolucionar o modo como os brasileiros transacionam valores – seja pagamentos, seja transferências de dinheiro. Para os bares e restaurantes as mudanças devem ser muito benéficas, tanto na hora de receber os pagamentos dos clientes quando na hora de realizar pagamentos a fornecedores, por exemplo. A previsão vem não só do Banco Central, mas também dos especialistas que participaram do painel: Vinicius Carrasco, sócio e economista-chefe da Stone, e Carlos Netto, CEO da Matera.
Carlos Brandt e Breno Lobo fizeram uma extensa e aprofundada apresentação sobre a plataforma. Segundo Brandt, o Pix já nasceu em um ambiente de acelerada evolução tecnológica, com as pessoas cada vez mais acostumadas e confortáveis no uso dos aplicativos para celular, por exemplo. “O Pix não traz só conveniência, mas também muita segurança. No celular, por exemplo, é possível colocar autenticação no aparelho. E não é preciso colocar os dados de cartão de crédito. Isso fecha a porta para as fraudes e agrega valor à experiência do usuário”, diz Carlos Brandt, que é chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central.
Segundo Breno Lobo, a abrangência da plataforma será ampla e abrirá espaço para ainda mais inovação. “São 980 instituições em processo de adesão. Todas elas estão em processo de verificação. Elas vão concorrer entre si para levar o melhor serviço e também teremos uma competição de preço e de serviços inovadores”, diz Lobo. “Outro ponto importantíssimo é o da tarifação. Primeiro, não há tarifa para o usuário final. Por outro lado, há um custo de ressarcimento do banco central pelo custo operacional. Mas ele é muito baixo e será menor do que os atualmente cobrados pelas operadoras de cartão”. Ele também antecipou uma novidade da plataforma: em 2021, bares e restaurantes poderão começar a operar como agentes de saque através do Pix. Uma funcionalidade que ajudará a atrair e reter clientes nos estabelecimentos.