Vamos nos afastar um pouco, em um gesto de amor. Vamos nos afastar um pouco para, muito em breve, nos abraçarmos. Agora, neste momento, estar mais ou menos longe é um ato de bem-querer, de cuidado com você e com todos os que nos rodeiam. Pois é como escreveu o mineiro Carlos Drummond de Andrade: ‘estou preso à vida e olho meus companheiros, e, entre eles, considero a enorme realidade’.
Vamos juntos. E não nos afastemos muito, só um pouco, não mais do que cinco palmos, não menos do que um metro. Faça um arranjo no seu bar. Deixe as cadeiras separadas entre si, na distância do afeto que o momento nos pede. São cinco palmos de cuidado. É um ato de afago, de certeza de que tudo passa, e o vírus passará. Vamos, por enquanto, nos conter para que logo ali adiante a gente se reaproxime na celebração do ilimitado abraço.