Entre uma chuva e outra, as altas temperaturas das últimas semanas vão mudando os hábitos de consumo dos belo-horizontinos. Quem lucra são as empresas da chamada “economia do calor”, como sorveterias, casas de sucos e vitaminas, bares, restaurantes, lojas de ventiladores, confecções de biquínis e outros segmentos que, historicamente, têm na temporada entre outubro a março o seu melhor período. A expectativa é ampliar as vendas em até 30%. O setor de bares e restaurantes da capital projeta um aumento entre 5% e 7% na venda de bebidas até o final de março. “O calor leva as pessoas para as ruas e o movimento nos estabelecimentos se intensifica, principalmente no happy hour”, diz o presidente da Abrasel em Minas Gerais, Ricardo Rodrigues.
Oportunidades
A alimentação também muda com o calor e os produtos refrescantes ganham espaço na dieta. Foi pensando nisso que o empresário João Carlos Corrêa Filho investiu R$ 1 milhão para abrir a primeira franquia da sorveteria norte-americana Cold Stone Creamery na capital. Inaugurada em agosto, no BH Shopping, a loja trabalha com 18 sabores obrigatórios e com as “criações afinadas”, que são preparadas na hora, ao gosto do cliente. “Estamos vendendo acima do projetado inicialmente e acreditamos que, nos próximos meses de calor, vamos ter um incremento superior a 30%”, aposta Corrêa Filho.
A mineira Cremê, especializada em cremes de frutas 100% naturais, inaugurou sua quarta loja na capital no Shopping Cidade nessa semana e já prepara mais uma filial “de rua” até dezembro. “Apenas em outubro, já sentimos um aumento de 30% nas vendas por causa do calor. A expectativa é chegar no auge do verão com incremento de 40%”, destaca o proprietário Renato Tostes.
Fonte: Hoje em Dia