Lincoln, 38 anos, preside a operação da KFC, Taco Bell e Pizza Hut, dialogando com o irmão Charles e o pai Carlos Wizard Martins
Em janeiro de 2018, despontou no Brasil a grande holding Multi QSR, que já nasceu operando simultaneamente a Taco Bell, KFC e Pizza Hut, da Yum! Brands, uma gigante global do setor de restaurantes, sediada nos Estados Unidos. Hoje, as três marcas somam no país um total de 248 lojas. A meta é a de 298 lojas até dezembro, com investimento de R$ 150 milhões. Para os próximos dez anos, portanto tendo-se 2028 como horizonte, o objetivo é de 1,5 mil lojas. Não se revela, contudo, o montante envolvido no programa decenal de expansão.
A Multi QSR é um dos ramos da árvore plantada há 31 anos (em 1987) por Carlos Martins, quando ele fundou a escola de idiomas Wizard. Esta escola acabou se tornando a base de um vasto conglomerado de empresas voltadas ao ensino profissionalizante e de línguas, com 50 mil funcionários e um milhão de alunos. Paralelamente à área educacional, o empresário abriu e fez prosperar um amplo leque de companhias: entre outras, a administradora de ativos da família, a rede de varejo de alimentos saudáveis, as lojas de material esportivo, a empresa comercial de óleos essenciais e cosméticos, a das escolas de futebol.
Em dezembro de 2013, Carlos Martins vendeu o conglomerado de escolas profissionalizantes e de idiomas para a companhia britânica Pearson (dona da editora Penguin e do jornal Financial Times) por R$ 2 bilhões de reais, à vista. Manteve sob o seu domínio, as demais empresas integrantes do Grupo Sforza, em um rol que se estende da administradora dos ativos da família às escolinhas de futebol. Os ativos do Grupo Sforza (ver quadro nas páginas 31 a 33) somam mais de R$ 2 bilhões, sem contar a recém-fundada holding Multi QSR.
Os irmãos gêmeos nos negócios de Carlos Wizard Martins, o mago das franquias
À frente da gestão do Grupo Sforza estão Carlos Martins e seus filhos gêmeos Lincoln e Charles, de 38 anos, ambos graduados na Brigham Young University, sediada em Provo, no estado americano de Utah. Formaram-se, respectivamente, nos seguintes cursos: Lincoln em Economia (com MBA em gestão comercial e administrativa pela Fundação Getúlio Vargas); e Charles em Ciências Políticas (com especialização em Administração e Finanças Públicas, na Universidade de Harvard).
Há 12 anos, ambos ingressaram na linha do comando da corporação. Junto com o pai, traçaram e colocaram em ação um ousado plano estratégico que resultou na compra de dez empresas de ensino profissionalizante e de línguas, entre elas Yázigi e Microlins. A Wizard passou a ser o núcleo de um carrossel de escolas, formando o conjunto de empresas de ensino que em 2013 foi comprado pela companhia britânica Pearson.
Três anos depois, começou a se desenhar a perspectiva de uma holding de franquias, que se voltaria ao setor de alimentação fora do lar. Em junho de 2013, o Grupo Sforza firmou acordo com a Yum! Brands para se tornar assim a máster-franqueada, no Brasil, de uma das gigantes globais entre as redes de restaurantes, inspirada na cozinha mexicana, a Taco Bell. Em 15 meses, Carlos Martins e os filhos haviam inaugurado 20 lojas Taco Bell no estado de São Paulo. Hoje, são 21 unidades. A capacidade de gestão, o espírito competitivo e a agressividade nos negócios, segundo analistas de mercado ouvidos pela Bares & Restaurantes, colocaram o Grupo Sforza na tela dos planos de expansão global traçados pela direção americana da Yum! Brands.
No acordo firmado com a Yum! Brands, no qual se incluiu a obrigação de se criar uma holding exclusiva à operação das três marcas, transferiu-se ao Grupo Sforza a gestão de 14 lojas da KFC no Brasil, até então pertencentes à multinacional americana. Assim, toda a operação brasileira foi delegada à administração da Multi QSR, como máster-franqueada. Ao mesmo tempo, Lincoln Martins foi designado para presidir a holding, isto é, tornando-se seu dirigente máximo – o que no linguajar corporativo é identificado como ‘chief executive officer (CEO)’.
Em perfil publicado na edição de novembro de 2017 da revista Época Negócios, Carlos Martins sintetizou as características gestoras dos filhos gêmeos: “O Lincoln é forte em varejo, atendimento e expansão. Charles, por outro lado, é forte em estratégia, no financeiro e no administrativo”. O agora presidente da holding Multi QSR “é considerado por pessoas próximas” – como foi descrito em reportagem de Cibele Bouças, no Valor Econômico, edição de 9 de fevereiro de 2018 – “um sujeito racional e detalhista com números”. Uma vez por semana, os três se reúnem para discutir o andamento dos negócios e definir diretrizes para as equipes.
O irmão Charles é membro do Conselho de Administração do grupo e presidente da Mundo Verde. Responde também pelos negócios de esportes da família – a ProSports, de escolas de futebol, e a BR Sports, de marcas esportivas. Disse Carlos Martins ao Valor: “Tive a felicidade de ter filhos que se identificaram com a atividade. Eu tinha receio da concorrência entre os irmãos, por serem gêmeos, mas vi, na verdade, uma grande complementariedade entre eles. Cada um assume uma área, e confio plenamente na execução”.
A ousadia das metas factíveis e o olhar na linha do horizonte, com os pés no chão
Desde a origem do Grupo Sforza, prevalece dentro da corporação a prática de que as metas de crescimento ou de vendas sejam realistas e suaves, de modo a se tornarem alcançáveis e ultrapassáveis, criando-se, assim, a possibilidade de um fator surpresa positivo. As metas ambiciosas e sobrestimadas são potencialmente causadoras de frustrações e de arrefecimento no estado de ânimo.
É com esta visão que se enquadram as 50 novas lojas previstas para este ano, no agregado das três marcas (Taco Bell, KFC e Pizza Hut). E, também, é com o realismo dos pés no chão que se projeta o total de 1,5 mil lojas projetado para 2028. Prevê-se que a evolução do número atual de lojas, para cada marca, será a seguinte: Taco Bell, de 21 para 33 unidades (todas em São Paulo); KFC, de 47 para 65 unidades; Pizza Hut, de 180 para 200 unidades.
Em entrevista à B&R, o presidente da Multi QSR antecipou: “Para crescer a nível nacional, tem de se ter de 10% a 15% de unidades próprias, e uns 90% ou 85% de franquias, com empreendedores individuais locais, que são conhecedores da cultura de cada região”. Explicou que o crescimento se dará a partir das metrópoles, e, a seguir, tomará o rumo das cidades do interior, tendo como patamar as que tenham populações superiores a 100 mil habitantes, e que geograficamente se localizem, de preferência, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
O CEO antecipa que um dos fatores a impulsionar o setor de restaurantes, no Brasil, é o aumento da percentual da população que se alimenta fora de casa. Hoje, os que fazem suas refeições cotidianas em restaurantes representam 20% da população, enquanto nos Estados Unidos a participação relativa é de 65%. A tendência é a de que, no Brasil, o hábito diário de comer fora seja compartilhado por 35% dos consumidores.
Carlos Wizard Martins: a trajetória de uma dos maiores empreendedores brasileiros
Tudo veio do sonho de um menino de 12 anos, o primogênito entre os sete irmãos, nascido em Curitiba no dia 19 de setembro de 1956. A mãe, Hilda, costureira. O pai, Antônio Martins, exercia ao mesmo tempo os ofícios de caminhoneiro e caixeiro viajante. Eles contavam os trocados para se comprar qualquer coisa. Mas, o adolescente queria porque queria aprender inglês e viajar aos Estados Unidos.
Em 1968, o garoto viu o letreiro de uma das escolas da rede Yázigi, na Praça Osório, na área central da capital paranaense. Como pagar a mensalidade? Aconteceu que, naquele mesmo ano, recebeu em sua casa a visita dois rapazes americanos, missionários mórmons, isto é, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, fundada em 1830 por Joseph Smith Jr., na cidade americana de Salt Lake City, no Estado de Utah, que passou a ser a sede mundial da congregação.
Os missionários foram a primeira ponte para que toda a família Martins se convertesse do catolicismo ao mormismo. Também passaram a dar aulas gratuitas de inglês a Carlos Martins. Após se casar com a também paranaense Vânia Pimentel, em 1979, ele ingressou na universidade da sua nova religião, a Brigham Young University (BYU), sediada na cidade de Provo, a 70 quilômetros de Salt Lake City. Permaneceu nos Estados Unidos até 1987, junto com a esposa e os dois filhos gêmeos de três anos de idade, Charles e Lincoln, nascidos em Curitiba no dia 20 de fevereiro de 1980.
Enquanto estudava, Carlos Martins lecionava português aos missionários, no Missionary Training Center (MTC) da igreja, recebendo um salário que lhe permitia pagar as mensalidades da BYU. A MTC preparava jovens que partiam “em missões pelo mundo afora, nela se ensinando nada menos de 70 línguas, do chinês ao português, do espanhol ao búlgaro, russo, alemão, tudo”, como relata o escritor Ignácio de Loyola Brandão no livro de sua autoria, intitulado “Carlos Wizard. Sonhos não têm limites”, cuja primeira edição foi publicada pela Editora Gente em 2013. Na universidade, concluiu o curso de Computação, Análise de Sistemas e Tecnologia.
Depois da formatura, em 1986, quando estava com 30 anos de idade, estagiou por um ano na Champion Internacional, fabricante de celulose, sediada em Cincinatti, no estado de Ohio. A companhia o contratou para trabalhar na filial brasileira, localizada em Mogi Guaçu (SP). Enquanto trabalhava na Champion, junto com a esposa lecionava inglês a colegas de serviços, em sua própria casa. Em 29 de março de 1988, providenciou o registro do nome de sua escola, que passou a se chamar Wizard of Conversation.
Ele havia se inspirado no nome da fábula infanto-juvenil, escrita por Lyman Frank Baum, que serviu de base para o filme Wizard of Oz (O Mágico de Oz), lançado em 1939. A partir da primeira escola Wizard, aberta em Campinas (SP) no ano de 1988, criou uma rede nacional de franqueados. A Wizard acabou sendo o núcleo de um conglomerado de escolas de idiomas e profissionalizantes, várias delas advindas da compra de marcas de terceiros, já estabelecidas no mercado. Em 22 de novembro de 2010, ele comprou 100% daquela rede de escolas, na qual, aos 12 anos de idade, não tinha dinheiro para se matricular, a Yázigi. A marca Wizard projetou-se com tal força que Carlos Martins incorporou-a ao seu próprio nome. Passou a se apresentar como Carlos Wizard Martins.
Conta o escritor Ignácio de Loyola Brandão que em 2013, ano da edição do livro sobre o empresário, havia no grupo sete marcas, “pois algumas foram consolidadas”. O escritor fez este sintético balanço: “Três mil escolas, um milhão de alunos em todos os estados brasileiros e em dez países, gerando cerca de 50 mil empregos”. Os gêmeos Charles e Lincoln estavam, em 2013, com 33 anos de idade. Haviam se formado na universidade americana dos mórmons, respectivamente em Ciências Políticas e Economia. Ambos fizeram cursos complementares: Charles, em Administração e Finanças Públicas, na Universidade de Harvard, e Lincoln, em Administração, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Marketing, na Ohio University.
Um dos ingredientes do sucesso da escola recém-criada por Carlos Martins em sua casa, antes mesmo de registrar o nome Wizard, foi o método por ele criado, por meio do qual se ensinavam 2,4 mil frases da linguagem cotidiana, ministrando 100 frases em cada aula, completando-se assim o ciclo fundamental de 24 aulas de uma hora. Escreveu Loyola Brandão: “Esse pioneiro empreendedor acredita que a metodologia de ensino por ele criada e praticada na Wizard teve berço na Brigham University. Um método de grande impacto”.
Diz ainda o autor do livro: “Ele se realiza na profissão, em suas atividades, na igreja e com a família. É incansável no que faz, não vê a profissão como trabalho, mas como fonte geradora de prazer e satisfação. Pessoas mais sábias fazem uma distinção. Emprego é para o sustento, a sobrevivência; empreendimento é o sonho”. E, mais adiante, acrescenta: “Dorme tão bem em viagens internacionais como se estivesse em sua cama”. E, em outro trecho, o escritor reproduz um depoimento de Vânia Pimentel Martins sobre o marido:
“O oposto de mim. Somos muito diferentes. Daí o nosso equilíbrio. Ele corre e eu digo: ‘Devagar, pare um pouco’. Carlos costuma fazer sempre duas coisas ao mesmo tempo. Tanto isso é verdade que mandou instalar na sala de exercícios de casa um suporte na esteira e uma tela de tamanho maior na parede, assim ele consegue se exercitar na esteira enquanto lê, atualiza e organiza seus e-mails. Faz tudo com naturalidade. Se está se barbeando, faz alongamento das pernas. Ao esperar numa fila qualquer, revisa suas anotações no iPhone. Costuma dizer que o dom da paciência consiste em fazer algo enquanto se espera. Nesse sentido, ele é um homem muito paciente. Se vamos à praia, enquanto deito na esteira, fecho os olhos, esqueço o mundo e a vida, ele está com o caderninho aberto com suas lições de chinês. Quando viaja com motorista ou está no avião, abre o laptop, responde não sei quantos e-mails, recebe outros. Se o voo atrasa, ele não se preocupa, logo coloca o celular ou o notebook em atividade. Como não confia na memória, grava no telefone os compromissos. Antigamente, carregava um minigravador como memorando de tarefas e compromissos”.
Em 15 de maio de 2013, o empresário anunciou a venda do seu conglomerado de franquias do ensino profissionalizante e de línguas para a companhia britânica Pearson, por R$ 2 bilhões, à vista. No balanço de sua trajetória, fez esta declaração ao escritor Loyola Brandão: “Não tenho dúvida que meu projeto educacional nasceu sob a inspiração divina. Possuo profundo sentimento de gratidão a Deus por essa preciosa dádiva que Ele me confiou. Tenho consciência da responsabilidade profissional, social e moral que repousa em mim, e saber que não estou sozinho nesse majestoso empreendimento me transmite muita segurança, serenidade e confiança para levar avante os sonhos que um dia eu criei”.
A ASCENSÃO DE UM MÁGICO DAS FRANQUIAS
19 de setembro de 1956 – Nasce Carlos Martins, em Curitiba, primogênito dos sete filhos da costureira Hilda e do motorista de caminhão e caixeiro-viajante Antônio Martins.
1968 – Aos 12 anos começa a aprender inglês com dois jovens missionários mórmons, isto é, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que tem sede mundial na cidade norte-americana de Salt Lake City, no estado de Utah.
1974 – Em 12 de dezembro, aos 17 anos de idade, viaja aos Estados Unidos. Chega em Nova York com 100 dólares no bolso. Emprega-se em restaurantes e em uma fábrica de pó de tinta em Nova Jersey. Depois, segue para a cidade de Salt Lake City, em Utah, onde também trabalhou em restaurantes e participou dos cultos da igreja mórmon.
1975 – Candidata-se a missionário da igreja mórmon, sendo escolhido para ir a Portugal, onde passa dois anos. Trabalhou um ano em Lisboa, seis meses no Porto e em Vila Nova de Gaia, e mais seis meses em Coimbra.
1977 – Retorna a Curitiba, matriculando-se no curso supletivo do Colégio Camões, concluindo o segundo grau em 1978, aos 22 anos de idade.
1979 – Em 16 de março, casa-se com Vânia Pimentel, filha de Raul Taques Pimentel e Irene de Campos. Ele trabalhava como auxiliar de escritório, ganhando o salário mínimo, e ela como secretária, ganhando dois salários mínimos.
1980 – Em 20 de fevereiro, nascem na Casa de Saúde São Vicente os filhos gêmeos Charles e Lincoln.
1983 – Aos 27 anos de idade, Carlos ingressa na Brigham Young University, sediada em Provo, cidade a 70 quilômetros distante de Salt Lake City, para fazer o curso de Computação, Análise de Sistemas e Tecnologia. A instituição de ensino pertence à igreja mórmon. Com Vânia e os recém-nascidos gêmeos, muda-se para Provo, lá permanecendo até 1987. Durante o dia, estudou, e à noite trabalhou com instrutor de português aos jovens missionários, que atuariam em países da língua portuguesa, no Missionary Trainining Center (MTC) da Igreja Mórmon.
1986 – Após a formatura em Ciência da Computação e Estatística, aos 30 anos de idade, estagia por um ano em Cincinatti, Ohio, na Champion International, empresa de celulose. Depois, é transferido para a filial brasileira, em Mogi Guaçu (SP).
1987 – Começa a dar aulas de inglês em casa e funda a sua escola, à qual provisoriamente deu o nome informal de Conversation Center. Em maio, Carlos é comunicado que a fábrica brasileira da Champion Internacional passaria por um processo de restruturação. Seu nome estava incluído na lista de cortes. Dois meses antes, na noite de uma sexta-feira, 20 de fevereiro, o presidente José Sarney havia anunciado a moratória, com a suspensão unilateral do pagamento dos juros da dívida externa brasileira por tempo indeterminado. A inflação anual atingiria a taxa de 363,41%. Em 1988, subiu para 980,21%. E, em 1989, foi a 1.972,91%.
1987 – No dia 18 de janeiro, nasce a filha Thais Michele. Mais tarde, aos 30 anos de idade, ela integrou-se ao quadro diretivo da Aloha Cosméticos, que faz parte do conglomerado de empresas da família. Casada com Renan Fernandes, com quem tem quatro filhos.
1988 – O advogado Paulo de Roberto Toledo Correa, proprietário de escritório de marcas e patentes, em Campinas, sugere a Carlos Martins que não registre a escola como Conversation Center, porque seria um nome genérico. É escolhido o nome Wizard, que tem como referência o clássico cinematográfico O Mágico de Oz (The Wizard of Oz). Três personagens de uma fábula buscam a melhoria de si mesmos: o Leão quer ser menos medroso, o Homem deLata quer ter um coração, para que sinta amor e afeto, e o Espantalho, que se considera um burro, quer ter um cérebro. É uma busca dos valores interiores, que se resolve com a autoconfiança, obtida com o incentivo que lhes dá o mágico da terra de Oz.
1989 – No dia 3 de abril, nasce a filha Priscila Roberta. Aos 28 anos de idade, passa a integrar o quadro diretivo da Aloha Cosméticos, que faz parte do conglomerado de empresas da família. Casada com o advogado Rafael Bertani, com quem tem quatro filhas.
1997 – A rede Wizard chega à marca de 200 escolas.
1999 – Os gêmeos Charles e Lincoln tornam-se missionários da igreja mórmon, respectivamente em Houston, no Texas, e em Maputo, capital de Moçambique, onde permaneceram por dois anos.
2000 – Em julho, o casal Carlos e Vânia viaja a Barracão, no Sudoeste do Paraná, divisa com a Argentina, lá adotando dois irmãos: Felipe, com dois anos de idade, e Nicholas, recém-nascido.
2002 – Em 22 de fevereiro, Lincoln Martins casa-se com Bianca Orsi Martins, com recepção aos convidados no Royal Palm Plaza. Posteriormente, fariam a cerimônia religiosa no templo mórmon de Recife. Os pais estavam presidindo uma missão da igreja no Nordeste, que mobilizava mais de uma centena de jovens missionários nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e parte do Ceará. Neste mesmo ano, Charles casa-se com Mila, irmã de Bianca, com a festa sendo realizada em João Pessoa.
2006 – O presidente do grupo Sforza, Carlos Martins, junto com os filhos Lincoln e Charles, dá a largada a uma sucessão de compras de empresas da área de ensino profissionalizante e de idiomas, com a aquisição da escola Yeski, de Campinas (SP). A holding abrigava um espaço corporativo específico para as marcas de ensino profissionalizante e de idioma, institucionalizado no Grupo Multi, que acabou sendo o guarda-chuva corporativo das redes de ensino de idiomas Wizard, Skill, Aps e Quantrum, além das escolas profissionalizantes Microlins, SOS, Bit Company e People. Em 2010, o grupo compra a rede de escolas de idiomas Yázigi, por R$ 100 milhões.
2013 – Em dezembro, o empresário Carlos Wizard Martins anunciou a venda do Grupo Multi à companhia britânica Pearson, que é dona da editora Penguin Books e do jornal Financial Times, por R$ 2 bilhões, à vista.
2016 – Em junho, o grupo Sforza, presidido por Carlos Martins, firma acordo com a Taco Bell, a maior rede de restaurantes de comida mexicana do mundo, tornando-se a máster-franqueadora da marca no Brasil.
2018 – Em janeiro, é criada uma nova empresa, que faz parte do grupo Sforza. É a Multi QSR, que passa a ser a máster franqueada no Brasil, três marcas da Yum! Brands, a maior empresa mundial de restaurantes: Taco Bell, KFC e Pizza Hut. O plano, a ser conduzido pelo presidente executivo da Multi QSR, Lincoln Pimentel Martins, é o de abrir 1,5 mil lojas no Brasil, em 15 anos, isto é, até o ano de 2033.
Fonte: Revista Bares & Restaurantes