Diego Barreto (iFood), Tom Leite (Grupo Trigo) e Célio Salles (Abrasel) debatem digitalização e novas estratégias desenhadas por bares e restaurantes para serem mais produtivos nesse novo momento que o setor (e o país) atravessa
CFO e VP de estratégia do iFood, Diego Barreto
Não há dúvidas de que os bares e restaurantes foram alguns dos mais atingidos pela pandemia no mundo todo. No Brasil, em março, centenas de milhares de estabelecimentos do setor fecharam as portas da noite para o dia, num ambiente de extrema incerteza. Ainda sem saber quanto tempo a crise duraria nem o que viria pela frente nas próximas semanas, muitos empreendedores enxergaram no delivery e no off-premisse (takeaway, to go, pegue-leve, drive-thru) a maneira de manter o fôlego enquanto não fosse possível reabrir os salões. Para falar sobre como a pandemia hiper acelerou algumas tendências em andamento e obrigou negócios e pessoas a se reinventarem, o CFO e VP de estratégia do iFood, Diego Barreto; o CEO do Grupot Trigo, Tom Leite; e o membro do Conselho de Administração Nacional da Abrasel, Célio Salles, se reuniram na noite desta quinta-feira (27) no 32º Congresso Nacional Abrasel.
“A gente entrou nessa pandemia com uma incerteza muito grande. O mundo não conseguia ainda decifrar que tempo levaria e quais seriam a condições. Se pudesse pegar um lado bom dessa história, diria que foi o maior ciclo de inovação da indústria de restaurantes no Brasil”, afirma o CFO do iFood. Ele disse ainda que bares e restaurantes tiveram que redesenhar a estratégia rapidamente para acompanharem as mudanças no mercado e se posicionarem de forma assertiva no digital. Barreto reforçou que o posicionamento online da marca não é algo passageiro e destacou a importância de os empreendedores entenderem quem é o cliente do seu negócio.
CEO do Grupo Trigo, Tom Leite
As palavras encontraram eco na análise do CEO do Grupo Trigo, Tom Leite. “A necessidade comer – dentro e fora de casa – seguirá; a maneira como essa necessidade será atendida foi profundamente impactada. Precisamos estar mais centrados no cliente, entender o que ele precisa, como ele vai se relacionar com o negócio. É esse cliente que define como a transação vai acontecer”, avalia. E afirma: “É muito relevante para a sobrevivência dos negócios que os donos de restaurante tenham a consciência da necessidade de ter a propriedade da base de dados dos clientes”.
Sobre o futuro, o conselheiro da Abrasel, Célio Salles, analisa: “O que vemos pela frente é a volta ao normal no setor de bares e restaurantes com novos e fortalecidos canais de venda, entre eles o delivery e os recursos de off premisse”. E nesse sentido, o iFood desenhou ferramentas e soluções para apoiar os empreendedores do setor a investirem nesses canais, como a antecipação de recebíveis de 30 dias para 7 dias. “Pelas pesquisas que fizemos, essa antecipação ajudaria a resolver um dos maiores problemas do setor na pandemia, que era o capital de giro. O iFood se comprometeu a manter essa condição até dezembro”, informou Barreto. Ele apresentou ainda duas soluções com foco no aumento da produtividade dos negócios do setor: o Na Mesa – o cliente faz o pedido pelo app estando dentro da própria loja e recebe a refeição para consumir no local – e o eComanda, um sistema de gestão integrada.
Congresso Abrasel
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O 32º Congresso Nacional Abrasel é uma realização da Abrasel e Mundo Mesa, tem apoio da Abipesca e Fispal Food Service, parceria da Unecs e conta com o patrocínio bronze da Cahaça 51, Grupo Petrópolis e Totvs. O patrocínio ouro conta com Alelo, Ambev, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Coca-Cola Brasil, Ecolab, Sebrae, Sodexo, Stone, Souza Cruz e Ticket. A parceria de mídia conta com a revista Bares & Restaurantes, Prazeres da Mesa e o jornal Correio Braziliense.