Fechados por causa da pandemia do coronavírus, bares e restaurantes em BH contam com divulgação de clientes
A criatividade tem sido uma das armas de trabalhadores e empresários para minimizar os impactos econômicos decorrentes da quarentena. Com o comércio fechado, a Abrasel, em parceria com a CDL-BH criou a campanha ‘Apadrinhe um Bar’. Para adotar seu estabelecimento preferido, o cliente não precisa gastar dinheiro. Só precisa divulgar o nome do bar pelas redes sociais, com a hashtag #ApadrinheUmBar.
"É hora de colocarmos a força do nosso segmento em evidência. Entregamos alegria a sociedade e não podemos deixar isso acabar. Temos a plena certeza que assim que tudo isso passar seremos os primeiros lugares visitados. Temos a maior preocupação com os funcionários e essa campanha sem nenhum cunho político e sim social pode transformar o isso país em um ambiente único. A campanha tem dois momentos agora com a propaganda gratuita e após com a valorização. Sonhamos com uma adesão ampla. Juntos somos mais fortes", afirma Paulo Furst da Cervejaria Furst na região sul de Belo Horizonte.
“Estamos tentando algumas alternativas, pois sabemos que neste momento está todo mundo comprometido. As pessoas não têm disposição de gastar dinheiro. Então tivemos a ideia ‘Apadrinhe um Bar’. As pessoas divulgam em grupos, nas redes sociais e adotam o estabelecimento. Pessoas que gostam, frequentam ou vão frequentar. E fazem propaganda gratuitamente enquanto a gente estiver fechado. Para o estabelecimento não cair no esquecimento”, conta o empresário Rodrigo Barreira, proprietário do Bar da Neca, na zona sul de Belo Horizonte.
O empresário espera que a campanha dê resultado e possa despertar o interesse de novos e antigos clientes de voltarem a frequentar os bares e restaurantes da capital ao final do isolamento. “Quando a coisa voltar, esperamos que as pessoas estejam dispostas a conhecer os bares divulgados. E quem já conhece voltar a frequentar. É uma ideia para usar o lado emocional. As pessoas podem colaborar sem despender dinheiro, porque todo mundo está passando por um momento difícil. Mas mesmo assim podem ajudar o estabelecimento a continuar vivo nas memórias. É uma adoção simbólica que vira uma corrente do bem”, projeta.
Dificuldades durante a quarentena
Os comerciantes de Belo Horizonte têm enfrentado grandes dificuldades durante a quarentena. Rodrigo Barreira, dono do Bar da Neca, relata que a situação pode ameaçar a ‘sobrevivência’ de alguns estabelecimentos, sobretudo os pequenos. “A gente está vendo a coisa cada dia pior, se esticando cada dia mais. Estamos percebendo que vai ficar cada dia mais difícil a sobrevivência dos bares e restaurantes”, afirma.
Rodrigo espera que a administração pública possa socorrer o tanto a classe empresária quanto os funcionários. “A Abrasel está atuando junto com o governo, tentando algumas medidas para ajudar principalmente os seis milhões de funcionários de bares e restaurantes".
Com informações do Estado de Minas